Celebração do aniversário do Clube Caixeiral teve salva de fogos de artifício, troca de diretoria e baile

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Celebração do aniversário do Clube Caixeiral teve salva de fogos de artifício, troca de diretoria e baile

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Há 100 anos

Para celebrar os 46 anos do Clube Caixeiral, a diretoria da entidade preparou uma série de eventos. Os festejos começaram à 0h do 25 de dezembro, data do aniversário, de 1925 com uma queima de fogos em frente ao prédio do Clube, na praça da República, atual praça Coronel Pedro Osório. A salva, anunciando o começo da celebração, foi repetida às 5h30min e às 19h.

Às 8h30min, em bondes especiais, os sócios, liderados pela diretoria,  partiram em romaria ao cemitério local, onde  depositaram flores nos túmulos dos antigos associados. Às 14h aconteceu uma sessão solene com posse da nova diretoria e a inauguração de um estandarte do clube, bordado com fios dourados, oferecido por Doralina Gonçalves Wetzel. Em nome da entidade, falou o orador Moreno Borges.

Para encerrar as atividades comemorativas foi realizado um baile ao final da tarde. As festividades contaram com a presença da banda do 9º Regimento de Infantaria, do Exército.

História da fundação

Fundado no Natal de 1879, o Clube Caixeiral de Pelotas completa 146 anos consolidado como uma das instituições mais tradicionais e simbólicas da cidade. Criado inicialmente com o nome de Clube União e Progresso, o espaço nasceu da mobilização de 96 caixeiros liderados por Manuel Morales, que reivindicavam um direito até então inexistente: o descanso semanal aos domingos e em dias santos. Para evitar conflitos, a reunião de fundação ocorreu às três horas da madrugada, em uma sala do Asilo de Órfãs Nossa Senhora da Conceição, cedida pela maçonaria.

Ao longo de seus primeiros 25 anos, a entidade funcionou em sedes provisórias até inaugurar, em 1904, o imponente prédio em frente à Praça Coronel Pedro Osório. Projetada pelo arquiteto Caetano Casaretto, a sede em estilo palaciano tornou-se referência arquitetônica e social. Originalmente com duas torres, estas foram removidas a pedido do bispo Dom Joaquim Ferreira de Melo, para evitar que o edifício fosse confundido com uma igreja após Pelotas se tornar diocese.

Vida social

Com o crescimento, o clube passou a se chamar Clube Caixeiral e ampliou sua atuação, tornando-se espaço central da vida cultural, social e esportiva pelotense. Bailes municipais e conferências históricas marcaram o local, como a abertura da quermesse de 1914 por João Simões Lopes Neto e a conferência de 1916 com Olavo Bilac e Coelho Neto. Também nasceram em suas dependências instituições como o Esporte Clube Pelotas e a Academia Pelotense de Letras.

Miss Universo

Entre seus episódios mais emblemáticos está a trajetória de Yolanda Pereira, que iniciou no Caixeiral sua caminhada até se tornar, em 1930, a primeira brasileira eleita Miss Universo. Hoje, o clube preserva esse legado histórico e segue como espaço de convivência e memória da cidade.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 50 anos

Pelotas tem grande movimentação na véspera do Natal

(Foto: Reprodução)

A véspera de Natal em Pelotas teve comércio aberto até as 22h, uma novidade para a época. Em geral, os estabelecimentos comerciais costumavam ficar abertos até a meia-noite. Na época, apenas as padarias não haviam estabelecido o horário do fim na jornada de trabalho, do dia 24 de dezembro de 1975. A probabilidade era o fechamento às 23h. Entre as confeitarias a programação era trabalhar no Natal, dia 25.

Os bancos fecharam às 11h, do dia 24, e na prefeitura o expediente ocorreu em meio turno. E no dia 25, o consumidor poderia encontrar açougues abertos até  o meio-dia. E a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos estava trabalhando das 8h às 21h, nestes dias.

Missas e cultos

No aspecto religioso, as missas, cultos e festividades integraram a programação natalina dos pelotenses. A comunidade Luterana, na época em sua sede recém inaugurada, na avenida Assis Brasil, realizou às 20h30min do dia 24 uma alocução aos fiéis, seguida por um momento artístico voltado para o Natal, com as crianças desta igreja que cantaram, participaram de jograis e declamaram poesias.

A Igreja do Porto  e a Matriz da Luz realizaram a Missa do Galo, à meia-noite do dia 24. No Natal houve celebrações às 11h e 18h, na Igreja do Porto.

Padre Mário celebrou

A Catedral São Francisco de Paulo não fugiu à tradição e também realizou a Missa do Galo, nos primeiros minutos do Natal. A celebração foi oficiada pelo padre Mário Prebianca e contou com a participação de muitos fiéis que quase lotaram a igreja.

A Igreja Batista realizou no Natal, às 19h30min, uma palestra e depois uma apresentação especial feita por crianças e jovens. No templo do Redentor, o reverendo Samuel Kainuma celebrou um culto às 10h do dia de Natal.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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