O Parque da Baronesa recebeu neste fim de semana uma série de atrações culturais, musicais, gastronômicas e artesanais com a primeira edição presencial do Festival Viva o RS – Costa Doce. O evento reuniu mais de 20 estandes com venda de artesanato e degustação de bebidas e alimentos confeccionados por produtores da região. Com entrada gratuita, o evento reuniu um total de três mil visitantes entre sábado e ontem.
A iniciativa é promovida pelo governo do Estado com organização do hub Wine Locals e parceria com o Sebrae. Criado para fortalecer o turismo interno e a economia criativa, o Festival Viva o RS integra o calendário oficial do governo estadual e dá início a temporada de verão no RS. Esta é a primeira edição presencial do festival, que surgiu em 2020 como iniciativa do hub para divulgar destinos e experiências turísticas do Estado.
De acordo com o secretário estadual de Turismo, Ronaldo Santini, o festival busca mostrar que o verão gaúcho vai além do litoral tradicional. “A ideia é demonstrar que as experiências de verão estão presentes em todos os destinos do Estado. Aqui na Costa Doce Gaúcha nós temos um destino riquíssimo, com praias de água doce, patrimônio histórico, cultural e gastronômico, e isso faz com que todos se sintam pertencentes a esse produto, que é o Verão Gaúcho”, afirmou.
O secretário também destacou que a proposta faz parte de uma estratégia mais ampla de posicionar o Rio Grande do Sul como um destino turístico para todas as épocas do ano. “O turismo não é uma prova de velocidade, é uma prova de resistência. Por isso, a capacitação dos produtores, a qualificação e a comercialização dos produtos regionais são fundamentais para manter esse movimento ao longo do ano”, ressaltou.
Produção local em destaque
Entre os expositores, a avaliação foi positiva já no primeiro dia. O produtor Gabriel da Costa Rica, da vinícola Tradição da Ilha, de Rio Grande, destacou a importância do festival para dar visibilidade aos produtos locais. “Nos permite apresentar nossos produtos para um público que ainda não nos conhece e também para quem já conhece e vem consumir”, disse.
A produtora Marina Costa Alves, da marca Dom Feliciano Azeites, de Pelotas, também ressaltou o papel do evento na valorização da produção local. “Ainda tem muita gente que não sabe que Pelotas produz azeite de oliva extravirgem. A feira é uma grande oportunidade para o público degustar, conhecer e adquirir o nosso produto”, afirmou.
De Canguçu, a produtora Carolina Capoani, proprietária do Capolivo, afirmou que a participação no festival foi viabilizada por meio do convite do Governo do Estado e do Sebrae. “A gente sente que o público prestigia muito os produtos da Costa Doce Gaúcha. Com o clima ajudando, são dois dias perfeitos para mostrar o melhor que é produzido aqui perto da gente”, destacou.
O festival também abriu espaço para o artesanato e a economia criativa. A artesã Marta de Cardo, proprietária da Brisa e Mar, de Rio Grande, trabalha com recordações turísticas da Costa Doce e destacou o caráter identitário das peças. “Tudo é feito por mim: eu idealizo, desenho, pinto. São recordações pensadas para representar a identidade da Costa Doce e da Praia do Cassino”, explicou. Para ela, Pelotas é uma cidade que acolhe bem eventos culturais e turísticos. “O lugar é lindo, o dia está maravilhoso e tem tudo para dar certo”, avaliou.
Mapeamento de visitantes
O acesso ao festival ocorreu por meio de cadastro gratuito do público como uma estratégia para mapeamento o perfil dos visitantes, os tipos de produtos mais consumidos e as experiências de maior interesse. A iniciativa busca gerar dados que auxiliem no planejamento de futuras edições e outros eventos, tanto na qualificação da programação quanto na seleção de expositores e atrações.
