Há 48 anos
Pelotas recebeu, em 5 de dezembro de 1977, um de seus mais importantes patrimônios: o prédio histórico do século 19 que pertenceu a Anibal Antunes Maciel e Amélia Hartley Antunes Maciel, os Barões dos Três Serros. A doação, oficializada pela Lei nº 2386 e aceita pelo então prefeito Irajá Andara Rodrigues, tinha um propósito claro: transformar a antiga Chácara da Baronesa em um espaço público de memória, aberto à cidade e guardião da história da família e do desenvolvimento pelotense.
A origem da propriedade remonta a 1863, quando o coronel Anibal Antunes Maciel adquiriu o terreno e o ofereceu como presente ao filho, também chamado Aníbal, por ocasião de seu casamento com a carioca Amélia Hartley Brito. Ao longo de 23 anos, o casal transformou a chácara em um exemplar arquitetônico singular: uma construção de base quadrada, cercada por sete hectares de jardins, com varanda, capela, torre de banho, sala de costura, salão de festas e um pátio interno que atravessou gerações.
A história dos Barões dos Três Serros, no entanto, não se resume ao requinte da residência. Em 1884, Anibal Antunes Maciel tornou-se o primeiro no Brasil a conceder alforria a todos os seus escravizados. O gesto pioneiro rendeu a ele o título de barão concedido por Dom Pedro II.
Após a morte do barão, em 1887, a baronesa Amélia retornou ao Rio de Janeiro, e a casa passou a ser ocupada por sua filha, Sinhá Amélinha, lembrada pela generosidade e por manter vivo o nome que atravessou o tempo: Solar da Baronesa. A última moradora da casa foi Déa Antunes Maciel, neta do casal de barões.
Museu
O Solar da Baronesa abriu suas portas como museu em 25 de abril de 1982. Após uma grande reforma promovida pela Prefeitura Municipal e orientada pelo decorador e artista plástico Adail Bento Costa, a antiga residência dos Barões de Três Serros, transformou-se em Museu.
Poucos anos depois, em 1985, foi tombado como patrimônio histórico municipal.
Hoje, permanece como um dos símbolos mais reconhecidos de Pelotas. Fechado desde 2020 para restauro, deve ser reaberto no próximo ano.
Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Em Pauta/UFPel, Prefeitura de Pelotas
Há 65 anos
Real-Aerovias anuncia início das operações em Pelotas

Empresa operava com os aviões Convair 440 (Foto: Reprodução)
A Real-Aerovias anunciou para o dia 15 de dezembro de 1960 o início das operações em Pelotas. A proposta era oferecer, em caráter experimental, inicialmente, voos regulares obedecendo o seguinte itinerário: Rio-São Paulo-Porto Alegre-Pelotas.
Os voos para o município seriam realizados quatro vezes por semana, nas terças, quintas, sextas-feiras e domingos. As viagens deveriam ser efetuadas pelos, na época, modernos aviões Convair 440.
Consórcio
Em 1960, a Real Aerovias era a maior companhia aérea brasileira, operando o consórcio com a Aerovias Brasil e a Nacional, e se destacava por rotas como a de Rio de Janeiro para Tóquio. No ano seguinte, 1961, a empresa entrou em crise financeira, foi comprada pela Varig, que incorporou todas as suas operações e frotas.
O Convair 440 foi um avião de passageiros importante da década de 1950 que ofereceu desempenho e conforto aprimorados em relação aos seus antecessores. Ao longo do tempo, o modelo original foi frequentemente convertido para motores turboélice.
Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense