Dos cerca de 800 contêineres destinados ao recolhimento do lixo orgânico de domicílios do Centro de Pelotas, 80 já foram substituídos por novas coletoras de material mais resistente, e, nos próximos dias, outras 120 devem ser trocadas. Os novos modelos estão sendo adotados para garantir maior durabilidade, diante da grande quantidade de coletoras constantemente deterioradas ou depredadas. A renovação será feita de forma gradativa até contemplar todo o serviço.
Conforme o diretor-presidente do Sanep, Ellemar Wojahn, a melhoria na coleta conteinerizada é resultado da mudança da empresa terceirizada que presta o serviço. Diante do fim do contrato com a antiga prestadora, chamada Onze, a Prefeitura lançou uma nova licitação para uma substituição emergencial válida por um ano. No pregão eletrônico, a empresa Brisa foi a escolhida.
O diretor-presidente destaca que a licitação foi realizada nos mesmos moldes do contrato anterior, com pequenas alterações. Da mesma forma, as coletoras continuam sendo do mesmo material, mas o PVC adotado seria de maior durabilidade. Os problemas com os atuais contêineres giram em torno do desgaste natural das estruturas com o tempo e dos estragos causados pelo manuseio para o despejo nos caminhões de lixo.
Muitas delas estão sem tampas, sem rodas ou danificadas, sobretudo pelo descarte inadequado de materiais — como entulho de construção — que excedem o peso suportado. “Porque as coletoras são erguidas pelo caminhão quando estão cheias e depois recolocadas ao chão. Isso, por si só, já vai desgastando naturalmente; daí soma-se o uso indevido e torna-se um problema”, diz Wojahn.
Outro fator recorrente é a depredação, frequentemente resultante de incêndios nas estruturas. Entre janeiro de 2024 e agosto deste ano, 173 contêineres foram estragados ou incendiados por vândalos. Para a reposição, o Sanep gastou R$ 350 mil, sem contar os gastos com a manutenção das estruturas.
Possível nova substituição em 2027
Para a licitação que definirá a empresa responsável pelo serviço pelos próximos cinco anos, será realizado um estudo para avaliar a adoção de novos modelos de contêineres, feitos com materiais mais resistentes que o PVC, como o metal. “Tem que ser bem avaliado e ponderado: a nossa receita e também as nossas possibilidades de pagar por um serviço que custe mais caro, mas é possível, sim”, declara o diretor-presidente.
