Zona Sul, ano 2035.
O Polo Naval está consolidado em Rio Grande, com contratos futuros garantidos e quatro mil postos de trabalho em atividade.
A BR-116, entre Pelotas e Guaíba, está duplicada.
O Polo Rodoviário Pelotas opera com a concessionária escolhida no leilão de 2027, e a tarifa custa metade do valor cobrado hoje.
A Refinaria Riograndense fez sua conversão, passa a ser a primeira biorrefinaria do Brasil e produz combustíveis avançados a partir de fontes renováveis.
A Bacia de Pelotas anuncia a descoberta de petróleo/gás com valor de mercado. A região começa a se preparar para a fase exploratória.
O Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto, em Pelotas, aumenta sua oferta de voos semanais em direção ao centro do país devido à procura cada vez maior de pessoas em busca de negócios por aqui.
A ponte que liga Rio Grande a São José do Norte é entregue após mais de duas décadas de luta pelo projeto.
Em São José do Norte, a Rio Grande Mineração (RGM) efetiva o projeto Retiro para a extração de minérios de titânio, empreendimento de R$ 1,7 bilhão, com potencial de geração de 350 empregos diretos.
A primeira usina eólica flutuante offshore do Brasil funciona no litoral do Rio Grande, em águas profundas próximas ao Porto, investimento de 100 milhões de dólares.
O turismo regional aparece na lista dos maiores contribuintes da economia, em renda e negócios.
Eu não perco a fé e acredito que o momento da Zona Sul finalmente se aproxima. Da lista de iniciativas que citei, nenhuma é sonho. Muitas estão em andamento e outras em consolidação, à espera de que algumas pontas ainda soltas sejam amarradas. O Aeroporto de Pelotas, por exemplo, voa no ritmo do desenvolvimento. Ele depende da economia aquecida para justificar outras linhas — nada distante de acontecer. Dependemos de um grande projeto sair do papel para abrir a porteira, como se diz no sul. Pode ser o da Refinaria Riograndense, da Bacia de Pelotas, da Rio Grande Mineração (RGM) ou da usina eólica flutuante offshore. Essas ou outras em gestação, com força suficiente para virarmos a chave.
Nada acontece sozinho. Sem união e integração regional, tudo se torna mais difícil. A luta precisa ser de todos, independentemente da cidade beneficiada. Não existem mais fronteiras aos investimentos com o porte previsto na Zona Sul. Pelotas também lucra com o Polo Naval, e Rio Grande, da mesma forma, com a mineração em São José do Norte.
A etapa que vivemos, de definições, exige proximidade. A forma mais rápida de regredirmos é o isolamento. Outras regiões do Estado adotam a fórmula “mãos dadas” há décadas e o resultado nós conhecemos: progresso. Nunca foi tão importante firmar alianças.
Eu sonho com os pés no chão.