A Operação Marcola, deflagrada no ano passado pelo Ministério Público para apurar supostos desvios dos cofres do Grêmio Esportivo Brasil por parte da antiga gestão do clube, entre 2021 e 2023, está “praticamente finalizada”. Quem garante é o promotor José Alexandre Zachia Alan, um dos responsáveis pelo caso.
“A investigação está praticamente finalizada, estamos em fase final e pretendemos entregar o resultado, talvez, nos próximos dias”, disse o promotor nesta segunda-feira (25) em entrevista ao programa Debate Regional, da Rádio Pelotense 99,5 FM.
Zachia Alan explica que há duas vertentes na apuração: uma criminal, no sentido de oferecer punição às pessoas que eventualmente se compreender que tenham realizado ato ilícitos contra o patrimônio do clube; e outra que envolve demandar ao clube uma espécie de compliance, ou seja, uma blindagem de sua estrutura para evitar a repetição de eventuais ilícitos detectados.
“A situação financeira da instituição é dramática e a compreensão que a instituição tem é que algumas das questões relacionadas ao funcionamento financeiro decorrem justamente do descumprimento de determinadas regras de gestão”, afirmou o promotor. Perguntado sobre valores que teriam sido supostamente desviados dos cofres do Xavante, Zachia Alan diz ser difícil mencionar neste momento.
Se houver uma denúncia – o que não é assegurado pelo promotor -, o Poder Judiciário vai conhecer a investigação, dar a ela o processamento regular e condenar ou absolver os eventualmente envolvidos.
Oitivas no início deste mês
No último dia 6, os investigados foram ouvidos pelo Ministério Público. A Operação Marcola investiga o ex-presidente Evânio Tavares, além dos também ex-membros da direção do clube, Wederson Antinossi, conhecido como Mineiro, ex-CEO, e Tiago Rezende, conforme apuração do A Hora do Sul.