Estados se articulam para fortalecer ferrovias do Sul

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Estados se articulam para fortalecer ferrovias do Sul

Reunião do Codesul alinhou estudo conjunto para fortalecer modal

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Estados se articulam para fortalecer ferrovias do Sul
Modal é visto como vital para o porto de Rio Grande (Foto: Jô Folha)

Secretários de transportes, portos e infraestrutura dos três estados do Sul e do Matro Grosso do Sul se reuniram nesta semana em Curitiba para avançar articulações do movimento Ferrosul, em defesa do modal ferroviário e das negociações de alternativas, junto ao governo federal, para renovação da concessão da Malha Sul, que expira em 2027. Também estiveram presentes representantes da empresa Rumo, concessionária responsável pela operação das ferrovias.

O gerente de Planejamento e Desenvolvimento da Portos RS, Fernando Estima, esteve no evento para defender a relevância das ferrovias para o escoamento da produção de grãos e fertilizantes até o Porto do Rio Grande. O governo do Estado também foi representado pelo secretário-adjunto de Logística e Transportes, Clóvis Magalhães. Entre os temas discutidos, esteve a proposta da concessionária Rumo ao governo federal, que prevê a redução da malha ferroviária no Rio Grande do Sul por questões econômicas. O trecho inicial concedido era de 3.823 quilômetros. Antes das enchentes de 2024, eram 1.680 quilômetros operados. Após a calamidade, esse número passou para 921 quilômetros. Agora, a empresa negocia reduzir ainda mais a operação, para 860 quilômetros.

O Estado avalia com preocupação a possibilidade de diminuição da malha. “Por determinação do governador Eduardo Leite (PSD) e do vice-governador Gabriel Souza (MDB), seguimos trabalhando para encontrar alternativas e soluções para o modal ferroviário que é fundamental para o desenvolvimento logístico e econômico do Rio Grande do Sul, ainda mais neste momento de reconstrução”, destacou o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella.

Segundo Clóvis Magalhães, a união dos Estados é decisiva para assegurar avanços. “O governo do Estado já apresentou estudos técnicos que não foram considerados pela concessionária e que demonstram a importância da preservação e da ampliação da ferrovia para a competitividade da nossa economia. O que observei é que a Rumo trabalha a concessão como um negócio privado e não como um serviço público. É preciso que se entenda que as necessidades públicas são diferentes das condicionantes de mercado. Estamos trabalhando em conjunto com os demais integrantes do Codesul para garantir que o tema seja tratado com a devida importância pelo governo federal. Nosso compromisso é defender o interesse público e a logística necessária para sustentar o crescimento do Estado”, afirmou.

Próximos passos

No encontro, também foi deliberada a elaboração de um termo de referência para contratar um estudo sobre a viabilidade de um traçado ferroviário comum entre os quatro Estados, aproveitando linhas já existentes e avaliando a necessidade de novos ramais.

Lideranças de quatro estados debateram os caminhos para as ferrovias (Foto: Divulgação)

Os secretários definiram, ainda, a busca por agendas em Brasília, com a Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além de reuniões com o Ministério dos Transportes e o Tribunal de Contas da União (TCU), para discutir a prorrogação da concessão da Malha Sul e reforçar a importância do fortalecimento do modal ferroviário para o país.

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