Com a quitação da folha de julho e o acordo assinado para pagamento em oito parcelas dos meses de abril, maio e junho, os médicos do Hospital Doutor Ernesto Maurício Arndt (Hoema) normalizaram o sistema de atendimento à população de Morro Redondo na noite desta terça-feira (19). A mobilização teve início em 27 de julho, após completar três meses e meio de atrasos, e o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) interferiu nas negociações com a direção do Hoema.
Em regime de plantão parcial, durante 24 dias, os mais de seis mil habitantes da cidade só puderam contar com o atendimento de urgência e emergência (fichas amarelas e vermelhas), sobrecarregando a Unidade Básica de Saúde do município. De acordo com a diretora Elisa Arndt, um recurso repassado pelo município possibilitou colocar em dia o último mês devido. “Já o passivo acumulado será pago em oito parcelas, a partir de setembro”.
O presidente da instituição, Altair Faez, ressaltou que o hospital, embora esteja localizado em Morro Redondo, acaba atendendo pacientes de localidades vizinhas, como Vila Freire, Cerrito, parte de Capão do Leão, Canguçu, Vila Maciel e Cascata. Ao todo, a instituição recebe cerca de 20 mil pessoas, mas só tem repasse oficial para os 6,7 mil habitantes do município. “Isso precisa ser corrigido. Defendemos que o orçamento seja proporcional ao número real de atendimentos e não apenas ao da população local. Caso contrário, seguimos sobrecarregados”, destaca Faez.
Os representantes do hospital também estiveram reunidos com o presidente da Azonasul, prefeito de Pinheiro Machado, Ronaldo Madruga (PP), em busca de apoio para reforçar o financiamento da instituição junto à Secretaria Estadual da Saúde e à 3ª Coordenadoria Regional de Saúde.
Recursos
Ontem o governo do Estado atualizou os dados sobre o repasse de recursos do Avançar Mais Saúde para a região Sul. Dos investimentos, Morro Redondo ficou de fora. Atualmente a prefeitura repassa R$ 348 mil a cada três meses, enquanto o RS encaminha R$ 35 mil por mês.
