“Eu sinto falta da família, dos amigos e de comer quindim”

Paris 2024

“Eu sinto falta da família, dos amigos e de comer quindim”

A jaguarense Tais Meroni mora na França desde 2019 e deu o relato de como está a movimentação na capital do país por conta dos Jogos Olímpicos

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“Eu sinto falta da família, dos amigos e de comer quindim”
Brasileira ganhou bolsa do governo francês (Foto: Arquivo Pessoal)

Mais de 10,5 mil quilômetros separam a estudante jaguarense Tais Meroni, 30, de sua terra natal. Há cinco anos morando na França, a jovem vive o momento efervescente das Olimpíadas 2024 e relata a sensação dos parisienses diante de uma dos maiores eventos esportivos do mundo. A atração a faz sentir-se um pouco mais perto de seu país ao se deparar com brasileiros anônimos e famosos pela cidade luz.

Quando e por que tu foste morar em Paris?

Eu sou de Jaguarão, estudei Administração e vim para cá em 2019 fazer minha especialização em Administração Internacional, através da bolsa que ganhei do governo Francês. Fiz minha especialização aqui e acabei ficando para trabalhar na minha área (atuando em operações de uma empresa de consultoria).

Já sabias falar francês?

Falava só o básico de francês. Minhas aulas eram em inglês e eu estudava a língua local ao mesmo tempo para ajudar na adaptação. A língua é muito bonita, mas também é muito difícil. Não que o Português não seja. O francês escrito e o falado nem parecem a mesma língua. E eu acho que aí que fica a maior dificuldade.

Quais os costumes dos franceses que mais te chamam a atenção? Tem algo que te lembre Jaguarão?

Não tem muita coisa que me faça lembrar da minha região. Talvez o clima, o inverno sem sol ou com pouco sol.

Do que tu sentes mais falta do Brasil?

Eu sinto falta da família, dos amigos e da comida. Saudades de comer quindim.

Como está a movimentação em Paris com as Olimpíadas?

A movimentação para as Olimpíadas começou cedo. Várias áreas da cidade foram fechadas para preparar a cerimônia de abertura um mês antes. Então, nesse meio tempo, vários pontos turísticos ficaram com o acesso mais difícil. Tenho a impressão que antes se tinha um pessimismo em torno do evento e um descontentamento geral. Depois que começou, mudou o cenário. Tenho visto muitos franceses felizes com a cerimônia e com o desempenho do time francês nos jogos.

Tem encontrado compatriotas por aí?

Eu encontrei vários brasileiros aqui. Em todo jogo que consegui ir tinha alguma bandeira do Brasil, mesmo sem ter um brasileiro jogando. Ah, eu encontrei a Thaísa (Thaísa Daher) do vôlei do Brasil caminhando perto da Torre Eiffel!

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