Com o principal objetivo alcançado, o Pelotas tem apenas os dois jogos da final da Série A-2 contra o Monsoon antes de encerrar a temporada. A opção de ficar fora do Troféu Zagallo, a edição 2024 da Copinha da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), fará com que o planejamento do ano que vem comece já em agosto.
Os efeitos do acesso à elite estadual são muitos. Confira um resumo.
Calendário
Desde 2022, a abertura oficial da temporada do Lobo vem acontecendo em abril, com o pontapé inicial da Divisão de Acesso. O Gauchão, porém, começa em média três meses antes. Neste ano, por exemplo, a primeira rodada aconteceu nos dias 20 e 21 de janeiro. A FGF ainda não divulgou o calendário de 2024.
Caso o regulamento do Estadual das últimas temporadas seja mantido, o Pelotas teria pelo menos 11 partidas garantidas, uma redução em comparação à Segundona (14).
Divisão nacional
Durante a competição, três vagas na Série D do Brasileirão de 2026 estarão em jogo. O Pelotas disputará essas vagas com todos os clubes do Gauchão que não integram as séries A, B e C nacionais. Neste momento, são todos exceto Grêmio, Internacional, Juventude, Caxias, Ypiranga e São José.
O Zequinha, entretanto, está virtualmente rebaixado à Série D e deve aumentar essa lista, atualmente formada por Brasil, Avenida, Monsoon, São Luiz, Guarany de Bagé e Avenida. Vivos no mata-mata da Série D, Xavante e Avenida ainda podem deixar a “competição paralela” por um calendário nacional.
Além da Série D, a Copa do Brasil também tem o Gauchão como meio de classificação. Quatro vagas ficarão abertas, mas nesse caso todos os clubes as disputam. Inicialmente, portanto, apenas os semifinalistas têm o direito de disputar o maior torneio eliminatório do país. Eventuais classificações de Grêmio, Internacional e Juventude para a Libertadores podem ampliar essa quantidade.
Finanças
O impacto econômico também é grande ao subir de divisão no Rio Grande do Sul. Quem participa da Série A-2 tem recebido uma ajuda de custo de R$ 80 mil da FGF, que também arca com despesas de transporte e hospedagem dos clubes. Depois, em função dos prejuízos da enchente, cada instituição da Segundona recebeu mais excepcionalmente R$ 65 mil.
Aos clubes da elite, exceto Grêmio, Internacional e Juventude, o valor foi de R$ 1 milhão em 2024. Dessa cota, os clubes receberam neste ano um montante líquido de aproximadamente R$ 850 mil. Na elite, o ganho financeiro também é alavancado pelo aumento da visibilidade e da relevância das partidas, facilitando a negociação com patrocinadores, por exemplo.
Visibilidade
Desde o rebaixamento em 2021, a atual temporada foi a primeira em que o torcedor áureo-cerúleo não teve certeza se poderia assistir aos jogos do time como visitante. Em 2022 e 2023, a parceria da FGF com o grupo O Bairrista assegurava a veiculação de todas as partidas na plataforma FGF TV. Em 2024, dois duelos fora de casa ficaram “às cegas” – contra Futebol com Vida e São Gabriel. Sem acordo de direitos de transmissão, o serviço ficou a cargo dos clubes mandantes, sem qualquer obrigação, padronização ou controle de qualidade.
Não há garantia de que as próximas edições da Série A-2 não terão transmissão com imagens. Porém, enquanto isso, todos os jogos das primeiras divisões de 2021 até 2024 foram veiculados na RBS TV, no SporTV, no Premiere ou via streamings nos portais ge.globo e GZH. Uma vantagem capaz de facilitar a concretização de acordos de patrocínio, por exemplo, e aumentar a receita dos clubes do interior.
Gauchão 2025
- Brasil
- Pelotas
- Grêmio
- Internacional
- São José
- Monsoon
- Juventude
- Caxias
- São Luiz
- Ypiranga
- Guarany de Bagé
- Avenida
