Há pouca chance de mediação diplomática, diz professor sobre pelotense preso na Indonésia

Opinião

Douglas Dutra

Douglas Dutra

Jornalista

Repórter e colunista de política do A Hora do Sul | [email protected]

Há pouca chance de mediação diplomática, diz professor sobre pelotense preso na Indonésia

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Atualizado sexta-feira,
23 de Maio de 2025 às 09:58

O doutor e professor de Relações Internacionais da UFPel, Fábio Duval, avalia que há pouca chance de uma mediação diplomática entre o Brasil e a Indonésia, onde o pelotense Kauê Campos Valério, de 39 anos, foi preso pela posse de 41,67 gramas de maconha.

“A Indonésia é o maior país islâmico do mundo, e lá eles são intransigentes no que diz respeito a porte e uso de drogas”, explica. Duval cita que nos anos 2000, o então chanceler Celso Amorim tentou mediar o caso de um brasileiro condenado à morte. “Tentaram fazer toda a mediação, mas o governo indonésio não abriu mão da sua soberania”, relembra.

O professor considera que uma mediação é improvável “porque é preciso um grande esforço para que o Brasil se envolva numa negociação diplomática”. E, mesmo que o governo brasileiro tente intervir na situação, “é muito difícil que o governo indonésio abra mão da sua soberania para punir exemplarmente os crimes relativos ao tráfico de drogas e ao uso de drogas em seu território”, pontua.

Pelotense foi preso na Indonésia em 08.05.2025 (foto: reprodução)

Entenda

Segundo a imprensa local, Kauê Campos Valério e um indonésio foram detidos após a polícia encontrar a droga em um pacote enviado por navio da cidade de Padang. A porção de maconha estava em uma caixa de tâmaras.

Kauê foi preso na casa onde estava e admitiu ter pedido a grama para o cidadão local e disse que consome a droga há 20 anos. Ele disse ter conhecimento das leis sobre drogas e que está no país há um ano.

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