Lendas do Sul leva ao palco um Tholl com estética minimalista

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Lendas do Sul leva ao palco um Tholl com estética minimalista

A montagem terá sessões na sexta-feira e no sábado, no recém-inaugurado Teatro Simões Lopes Neto, em Porto Alegre

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Lendas do Sul leva ao palco um Tholl com estética minimalista
Montagem aposta em uma mistura equilibrada de dança, teatro e circo. (Foto: Juliano Kirinus)

Três narrativas que integram o livro Lendas do Sul (1913), de João Simões Lopes Neto, chegam ao palco do recém-inaugurado Teatro que leva o nome do escritor pelotense, em Porto Alegre, como um único espetáculo. O clima fantástico registrado pelo autor ganhou uma adaptação inédita para os palcos, assinada por João Bachilli e pelo Grupo Tholl. A estreia ocorre nesta sexta-feira (9), às 20h, e no sábado (10) haverá uma nova sessão, no mesmo horário.

Os ingressos para as apresentações custam entre R$ 25 (meia-entrada) e R$ 100 (inteira) e podem ser adquiridos antecipadamente neste link ou, nos dias das sessões, a partir das 18h, na bilheteria do Multipalco Eva Sopher, com entrada pela Rua Riachuelo, 1.089, ao lado do estacionamento.

Revisto e ampliado

Lendas do Sul é um espetáculo criado especialmente para a série de apresentações que, desde o mês passado, marcam a inauguração do Teatro Simões Lopes Neto. João Bachilli explica que a primeira versão desta peça foi criada para o encerramento das comemorações do bicentenário de Simões, em 2016.

Com o convite feito ao Tholl para integrar a programação de abertura do Teatro, o diretor resolveu aproveitar a ideia e fazer uma nova montagem. O espetáculo, com 57 minutos, ganhou uma mistura mais equilibrada entre dança, teatro e circo. “Não é um espetáculo circense na sua essência. É diferente de tudo o que a gente já fez”, comenta o diretor.

A releitura do grupo leva à cena as lendas M’Boitatá, A Salamanca do Jarau e O Negrinho do Pastoreio, colocadas sob a ótica da linguagem corporal e circense proporcionando imagens impactantes com a síntese de cada fábula. “Fica quase como se fossem três atos”, conta Bachilli.

O corpo fala

Os nove artistas se revezam entre acrobacias, canto, percussão e dança, em trabalho que explora, principalmente, a linguagem corporal. “É corpo falando, se expressando para poder contar essas histórias. A gente só teve dificuldade de sair de todo aquele aparato que se tinha. Agora é o corpo deles”, fala Bachilli.

O figurino neutro e minimalista, assinado por Bachilli, foi proposto para dar liberdade de movimentação aos artistas, valorizando a estética corporal. As peças em tons de terra, confeccionadas por Wanda Hobus, são complementadas por acessórios que auxiliam na construção da narrativa, como cabeças de cavalo, tambores e máscaras, feitos pelo aderecista Douglas Gaiola.

De capital para capital

No elenco estão Simone Passos, Henrique Ávila, Jeferson Costa, Juli Hoff, Leandro Arrieche, Luana Wrague, Simone Lyrio, Clóvis Hass e o jovem Luís Otávio Brito Pereira. Música original de Luciano Mello e músicas circenses do maestro Dudu Trentin, criação e operação de luz e som de Fabrício Álvaro e direção de produção de João Schmidt.

Depois de Porto Alegre, Lendas do Sul será apresentado em Brasília, mas ainda não há data para ser apresentado em Pelotas.

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