Marcola será relator de processo contra Fernanda Miranda

Comissão de Ética

Marcola será relator de processo contra Fernanda Miranda

Procedimento na Comissão de Ética foi aberto após vereadora ter sido flagrada com maconha no Carnaval

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Atualizado quarta-feira,
09 de Abril de 2025 às 14:42

Marcola será relator de processo contra Fernanda Miranda
Fernanda foi flagrada com dois cigarros de maconha em um evento de Carnaval. (Foto: Fernanda Tarnac)

A Comissão de Ética da Câmara de Pelotas deu início nesta quinta-feira (3) ao processo disciplinar contra a vereadora Fernanda Miranda (PSOL), flagrada pela polícia com dois cigarros de maconha em um evento de Carnaval. O caso foi aberto a partir de seis denúncias feitas por pessoas da comunidade.

Na primeira reunião, o vereador Marcos Ferreira, o Marcola (UB), foi eleito relator do caso, enquanto o revisor será o Michel Promove (PP). Como Promove está afastado, o eleito foi o suplente Hugo Miori (PP), mas que passará o cargo ao titular.

A partir da abertura do processo, Fernanda terá cinco sessões para apresentar uma defesa por escrito, ou seja, até o próximo dia 16. Na relatoria, Marcola será responsável pela condução da investigação, que pode incluir a oitiva de depoimentos e a produção de provas.

Ao final do processo, Marcola deverá apresentar um relatório sobre o caso, que pode pedir o arquivamento do caso ou propor punições, como advertência, afastamento do cargo ou a perda do mandato. O documento será levado à votação em plenário. Para que uma punição seja aprovado, é necessário o voto de ao menos dois terços da Câmara, ou seja, 14 dos 21 vereadores.

Processo deve durar 120 dias

O relator Marcola prevê que os trabalhos sejam concluídos em até 120 dias. “Vamos trabalhar com serenidade, com tranquilidade, e buscar toda assessoria necessária, seja assessoria técnica da Câmara, seja de fora. Seremos imparciais, iremos fazer dentro da ética e da legalidade”, afirma.

Definição demorou

A definição sobre a condução do processo contra a vereadora Fernanda Miranda foi definida por unanimidade, no entanto, a negociação sobre o vereador que seria relator demorou mais de duas horas.

O primeiro nome proposto para relator foi o de Cristiano Silva (UB), no entanto, seu nome não foi aceito pelos vereadores de esquerda por considerarem que ele já possui uma posição ideológica definida sobre o caso.

O nome de Marcola foi aceito por consenso, no entanto, ele não era membro titular da Comissão de Ética. Para que ele fosse eleito, Silva acabou deixando a titularidade na comissão pelo colega.

Relembre

A vereadora Fernanda Miranda (PSOL) foi alvo de seis representações feitas por pessoas da comunidade à Comissão de Ética após ela ter sido flagrada com dois cigarros de maconha em um evento de carnaval no começo de março.

Após o caso vir à tona, o tema das drogas tomou conta do debate na Câmara e foi aprovada uma lei que institui a exigência de exames toxicológicos para vereadores e seus assessores, secretários municipais, diretores de secretarias e conselheiros tutelares.

Na última semana, o advogado Antônio Ernani da Silva Filho encaminhou um pedido de anulação do processo contra Fernanda alegando que as provas foram obtidas de forma ilícita.

Segundo o boletim de ocorrência, os dois cigarros de maconha foram encontrados na pochete da vereadora. Fernanda Miranda defende que ela não estava fumando quando foi abordada.

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