Ainda não há nenhuma perspectiva ou garantia de que a usina Candiota 3, desligada há 43 dias, entrará novamente em operação. Após a mobilização de prefeitos, vereadores, deputados, e inclusive do governador Eduardo Leite (PSDB), as lideranças políticas deixaram a reunião com o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta quarta-feira (12), em Brasília, sem a confirmação da edição da Medida Provisória que permitiria a geração de energia a carvão.
A agenda, que contou com cerca de 60 representantes do Estado, de lideranças do setor energético, carvoeiro e rural, era a esperança de mobilizar o governo federal diante do impacto social e econômico para Candiota e região do fechamento da termelétrica. Após horas de reunião, os participantes conseguiram do ministro a promessa de uma conversa com o presidente Lula (PT) sobre a importância da Medida Provisória.
“Amanhã (quinta-feira, 13) o ministro vai viajar com o presidente da república e vai levar o assunto a ele com sugestão de um PL ou de alguma medida que seja para a recontratação da usina”, relata Luiz Carlos Folador (MDB). Segundo o prefeito de Candiota, a receptividade do ministro Alexandre Silveira quanto ao religamento da usina foi positivo, no entanto, a expectativa de voltar da agenda com uma garantia de solução foi frustrada. “Nós ficamos de na semana que vem ter um retorno deles aqui do Ministério de Minas e Energia”.
“Reunião pouco produtiva”
Já o deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB) definiu a reunião como longa, mas pouco produtiva. “As lideranças vieram a Brasília cheias de esperança e voltam sem nada”. O parlamentar critica a falta de resposta do governo Federal para o problema “que ele mesmo criou”. Para Trzeciak, o presidente Lula já deveria ter antecipado uma solução. “Há 40 dias milhares de pessoas estão sem emprego por uma decisão do governo federal. O presidente deveria ter antecipado a solução”, diz.