Há 100 anos
O verão de 1925 marcou o início novo do projeto da empresa Xavier e Santos, que propôs a construção de mais um cinema na cidade. Os empresários Francisco Santos, cineasta que dirigiu, roteirizou e atuou no filme Os óculos do vovô, e seu sócio Francisco Vieira Xavier foram arrendatários do Theatro Sete de Abril, onde exibiam filmes, primeiro entre 1918 e 1919, depois, a partir de 1922.
Em janeiro, a dupla estava com o projeto pronto de uma casa própria para ser um cinema. Em 2 de fevereiro foram assentados os primeiros tijolos do alicerce. A inauguração ocorreu no dia 4 de setembro e o Theatro Apollo, na rua Gomes Carneiro esquina Félix da Cunha, era considerado elegante e moderno.
O espaço comportava uma lotação de 1.250 cadeiras e 300 gerais. O ato de inauguração foi um sucesso e contou com apresentações de uma orquestra, sob a regência de José Amor, que executou a sinfonia do Guarani, além dos artistas Os Rochinhas, além da exibição de filmes, incluindo produções da Fábrica Guarany Filmes, de Santos.
O Apollo fechou em 1976, naquela época sob a gerência de uma empresa oriunda de Lages, Santa Catarina, que também administrou os cinemas Capitólio, Avenida, Fragata, Esmeralda e Rei.
Para saber
- Entre 1925 e 1928, a dupla Xavier e Santos construiu três grandes cinemas em Pelotas: Apollo, Avenida (1927) e Capitólio (1928).
- A dupla de empresários também foi sócia do espanhol Rosauro Zambrano na construção do Theatro Guarany, porém menos de um ano após a inauguração da casa, em 30 de abril de 1921, eles desfizeram a sociedade.
- Os óculos do vovô é um filme mudo brasileiro de 1913 e o mais antigo de ficção brasileiro ainda preservado. Esta foi a primeira obra de ficção lançada pela Guarany Filmes.
- Dirigido pelo português Francisco Dias Ferreira dos Santos (1873-1937), o filme foi originalmente produzido na cidade de Pelotas pela empresa Guarany Fábrica de Fitas Cinematográficas. Fragmentos dele foram resgatados na década de 1970 e a versão que se tem preservada possui pouco mais de quatro minutos.
Fontes: wikipedia.org; revista Pelotas destaques 70; @antigapelotas no Facebook e artigo Francisco Santos: um ilustre desconhecido, da professora e pesquisadora Liângela Xavier
Há 50 anos
Dois bacharéis de Rio Grande aprovados como juízes adjuntos
Dois bacharéis de Rio Grande, José Roberto Lopes, formado pela Furg, e Luiz Mendonça Menezes, foram aprovados pelo concurso realizado pela Justiça do Estado para o quadro de juízes. Ambos tiveram os nomes homologados pelo Tribunal de Justiça do Estado, juntamente com outros 69 candidatos.
Os rio-grandinos, aprovados como juízes adjuntos, deveriam atuar durante dois anos em estágio probatório, antes de serem integrados ao quadro de magistrados do Rio Grande do Sul.
Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense