Quem transita pelo cruzamento entre as ruas Barão de Santa Tecla e Voluntários da Pátria precisa desviar de uma grande obra do Sanep que atravessa pouco mais de uma faixa de asfalto das duas vias. De acordo com o superintendente operacional do Sanep, trata-se de um vazamento de água no trecho da adutora da ETA São Gonçalo. Segundo os moradores, a obra que começou em dezembro já está parada há algum tempo, e tem provocado transtornos no trânsito da região.
A explicação do Sanep para a demora na finalização da intervenção neste trecho é a necessidade de um “equipamento específico tanto para iniciar o reparo quanto para finalizá-lo”, por conta de as redes de água serem maiores em diâmetro e em pressão de água. A autarquia salienta que o processo de reparo já foi concluído, mas agora as equipes aguardam a chegada da peça de conexão para dar o acabamento ao serviço.
Enquanto a peça não chega, condutores e moradores convivem com as complicações causadas pela cratera de quase 15 metros de circunferência. Mauricio Veleda, proprietário de uma padaria da esquina, conta que o Sanep interveio no vazamento entre o Natal e o Ano Novo, e abriu o buraco na rua para acessar a tubulação. A obra foi executada em poucos dias e, após a tentativa de resolver o problema, o buraco foi tapado com areia. “E eles não apareceram mais”, adianta o comerciante.
Ele também conta sobre uma situação recente em que um motociclista passou por dificuldades no local. O condutor da motocicleta vinha em velocidade, mas não conseguiu parar a tempo e acabou atolando a moto na areia. O trecho em questão, segundo ele, se assemelha a uma rótula, o que exige manobra para quem tenta dobrar. “E a areia foi jogada, então está bem fofo o chão ali”, acrescenta.
Acidente com motociclista
Na esquina contrária, o funcionário de um estabelecimento, Maurílio Vieira, 36 anos, aponta que a situação atual tem gerado confusão e insegurança no trânsito. Após a ocorrência com o motociclista, ele entrou em contato com o responsável pela obra e foi informado de que a previsão de término é até o final do mês. “Ele me disse que tem que arrumar uma caixa d’água para transportar a água e fechar a ETA, se não o centro ficaria sem água durante um dia”, diz Vieira, sobre uma suposta conversa com o responsável pela obra.
Ele cita a confusão no trânsito que tem sido evidenciada, especialmente porque o local foi transformado em uma espécie de rotatória improvisada, com motoristas confundindo as sinalizações e causando potenciais acidentes. “Já acontecem acidentes aqui normalmente. Agora, o pessoal que vem pela Voluntários acha que é uma rotatória e que está em uma via preferencial”, relata.