Pela 13ª vez, Pelotas inicia seu Festival Internacional de Música, com promoção do Sesc. Mais do que uma atividade cultural, é um evento que inspira a cidade inteira em diversas frentes. Estimula o turismo, a inovação e a geração de talentos. São inúmeras as histórias que mudaram devido a essa iniciativa feita por tantas mãos.
A cidade é agraciada com algo extremamente raro no mundo em que vivemos: cultura gratuita e em alta quantidade, disponibilizada em pontos variados do município, para todo os públicos. Beira o milagre ver tamanha movimentação para um tema que é frequentemente esquecido ou encolhido. Por isso, precisamos ser gratos e fortalecer ainda mais a iniciativa.
Pelotas é uma cidade cultural na sua essência. Somos feitos de raízes de diversos povos, bebemos em quase todas as fontes e somos plurais nesse sentido. O Festival é mais um evento inspirador e que reforça a necessidade de abrangermos ainda mais nossa oferta cultural e ampliar as ações no restante do ano. Nossa comunidade está sempre pronta para consumir cultura, basta ver as enormes filas que se formam por ingressos para as apresentações no Guarany, além dos demais locais sempre lotados.
Fora o Festival, temos, por exemplo, a Feira do Livro, Fenadoce, Doce Natal e o Dia do Patrimônio. Todos sinônimo de sucesso e de espaços lotados. A interpretação que fica é que há espaço para ainda mais e talvez a saída do nosso turismo esteja justamente num calendário anual cheio de eventos e que atraem público de fora, ao mesmo tempo que enriquecem nossa própria comunidade, tanto em intelectualidade quanto em capacidade de geração de emprego e renda, já que o empreendedorismo também é fomentado por tais iniciativas.
Nos próximos dias, Pelotas vive um exemplo de que é possível viver de cultura e turismo quando iniciativas são bem estruturadas e bem pensadas. Que consigamos colher os frutos de mais um Festival.