“No mercado imobiliário pude sentir novamente o brilho no olho e a paixão”

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“No mercado imobiliário pude sentir novamente o brilho no olho e a paixão”

Ex-jogadora do Esporte Clube Pelotas, Andressa Pedroso cresceu no ramo de imóveis e abrirá a própria imobiliária

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“No mercado imobiliário pude sentir novamente o brilho no olho e a paixão”
Andressa decidiu deixar o futebol após diversas lesões. (Foto: Arquivo pessoal)

Campeã gaúcha em 2008 pelo Pelotas, Andressa Pedroso é uma das várias atletas ou ex-atletas formadas no projeto áureo-cerúleo que chegaram à seleção brasileira. Após a convocação para representar o Brasil na categoria sub-17, em 2009, Andressa acumulou experiências em clubes de fora do Rio Grande do Sul. Em uma época na qual o futebol feminino recebia muito menos investimento, ela sofreu com lesões e, por isso, precisou encerrar a carreira. Virou corretora de imóveis e cresceu no ramo. Tornou-se gestora, depois diretora e se prepara, agora, para abrir a própria imobiliária.

Como foi o início da tua trajetória no Pelotas?

Sonhava em ser jogadora desde que me entendo por gente, sempre joguei com meninos e com 14 anos fui fazer um teste no Pelotas. Minha trajetória começou em 2006, o Pelotas foi minha casa por três anos e em 2008 fui campeã gaúcha junto ao clube. Em 2009 fui convocada para a seleção brasileira sub-17 para treinamento em preparação para o Mundial na Nova Zelândia. Agradeço muito ao clube e ao Marcos Planela [fundador do projeto das Lobas, coordenador e técnico] por todos os ensinamentos e oportunidades enquanto atleta, mas também pela evolução pessoal.

De que maneira se desenrolaram os passos seguintes e quais foram os pontos positivos e as dificuldades?

Após convocação para seleção brasileira, surgiram diversas propostas. Além do Pelotas e da seleção, tive passagens pelo Mac Marília (SP), Botafogo (RJ), Foz Cataratas (PR) e Kindermann (SC). Conheci diversos estados e pessoas com culturas diferentes. Essa experiência diz muito sobre quem eu sou hoje. As dificuldades do futebol feminino sempre foram recurso e visibilidade, naquela época era difícil ter um suporte adequado para não ocorrer lesões, não comíamos de uma forma saudável e não tínhamos um salário adequado. Na época, jogávamos Estadual, Copa do Brasil e Libertadores. Fico feliz que hoje tenha a competição do Brasileirão e que os times masculinos tenham integrado os times femininos e que os recursos melhoraram, mas precisamos de muito mais apoio.

Como foi a mudança de rumo profissional fora do futebol?

Foi uma mudança surpreendente, a decisão de parar com o futebol após diversas lesões foi muito difícil. Quando entrei no mercado imobiliário pude sentir novamente o brilho no olho e a paixão. O mercado faz com que eu viva cada dia de uma forma diferente, me desafia diariamente devido à grande competição, e faz com que eu tenha a disciplina que o mundo do esporte sempre me exigiu, a cada lançamento o sentimento é de estar entrando em um novo campeonato.

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