Como já é tradicional desde 1925, a corrida de São Silvestre encerra o calendário esportivo no Brasil no dia 31 de dezembro. A centésima edição da prova será realizada nesta quarta-feira (31) pela manhã, com a presença de vários corredores pelotenses e da região sul.
A São Silvestre tem percurso de 15 quilômetros, com largada na Avenida Paulista, e a chegada ocorre em frente ao edifício da Fundação Cásper Líbero. Ao longo do trajeto, os corredores passam por pontos emblemáticos da capital paulista, como o Estádio do Pacaembu, a Praça da República, o Theatro Municipal, o Centro Histórico, o Elevado Presidente João Goulart e a Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
O queniano Wilson Too é o atual campeão no masculino, enquanto a queniana Agnes Keino venceu no feminino. O Brasil não tem um campeão desde Marilson Gomes dos Santos, em 2010. Entre as mulheres, a última foi Lucélia Peres, em 2006.
Neste ano, 55 mil corredores, de 44 países, se inscreveram para participar da mais tradicional corrida de rua do Brasil, um recorde em sua história. Recorde também na participação de mulheres, que representam 47% do total dos inscritos.
A elite feminina larga às 7h40min, enquanto a masculina começa às 8h05min.

Júlia Alves disputará a São Silvestre pela primeira vez (Foto: Arquivo pessoal)
Presença de pelotenses
A cada ano, mais pelotenses se inscrevem na São Silvestre. A estimativa é que a edição de 2025 conte com mais de cem atletas da cidade.
José Antônio da Cunha, conhecido como Totonho, será o único a correr na categoria elite, ao lado dos principais nomes do cenário mundial. Ele é o atual bicampeão da meia-maratona de Pelotas.
Porém, a realidade é que a grande maioria dos inscritos participa da prova por hobby, pela tradição de ser considerada a maior prova de rua da América. É o caso de Júlia Silva, de 20 anos, que participará da prova pela primeira vez, após acompanhar in loco a mãe correr na São Silvestre de 2017. Ela conta que, na época, a mãe manifestou o desejo de correr novamente na centésima edição. Com dois anos praticando corrida, ela decidiu participar junto. A avó, de 67 anos, também estará presente.
“A expectativa é que seja uma prova muito feliz, do início ao fim. Sem cobrança de performance, preocupação com tempo, simplesmente aproveitar cada segundo tudo que essa prova fantástica tem pra oferecer. Então estou indo com a certeza de que vai ser incrível e muito emocionante”, disse Júlia Silva, que representa a equipe Paleo Runners.
Outro representante da Paleo Runners, Rodrigo Duval, 49, pratica corrida desde 2019, mas sempre foi um apaixonado pela São Silvestre. A sua primeira participação na prova foi em 2022, repetindo em 2023 e no ano passado.
“Fascina porque ela é uma prova com dezenas de países. É uma forma de agradecer a minha saúde e também desejar um ano novo, que chega no dia seguinte recheado de paz e de saúde, a integração das pessoas. A São Silvestre não é uma prova que é para a performance. A São Silvestre é uma prova onde é comemorada a festa da corrida, que é o esporte mais democrático do planeta”, disse o corredor.
Duval escolheu o esporte para deixar a vida sedentária de lado e entender que, por meio da corrida, iria melhorar a sua qualidade de vida, além de adquirir um hobby saudável.

Rodrigo Duval se diz apaixonado pela São Silvestre (Foto: Arquivo pessoal)

Totonho correrá na categoria elite (Foto: Arquivo pessoal)