Há 125 anos
Nascido em Pelotas em 22 de dezembro de 1900, Franklin Olivé Leite construiu uma trajetória decisiva para a medicina e o ensino superior no Rio Grande do Sul. Filho de Manoel Valente da Costa Leite e Maria Cecília Olivé Leite, iniciou os estudos na cidade natal e seguiu formação no Rio de Janeiro, onde foi aluno do Ginásio Anglo-Brasileiro e do tradicional Colégio Pedro II.
Graduou-se em Medicina pela então Universidade do Rio de Janeiro, doutorando-se em 1927 com a tese Localização da Tuberculose Pulmonar e Vias de Infecção. Ao longo da carreira, especializou-se em Clínica Médica, Psiquiatria, Doenças Mentais e Cardiologia, com formação no Instituto de Psiquiatria do Rio de Janeiro e no Instituto de Cardiologia da Municipalidade de São Paulo.
Autor de trabalhos relevantes nas áreas de infectologia e saúde mental, Franklin Olivé Leite exerceu funções de destaque, como diretor do Sanatório Henrique Roxo, chefe do Serviço de Doenças Infectocontagiosas da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, inspetor federal de Ensino Superior e presidente da Sociedade de Medicina de Pelotas.
Referência nacional
(Foto: Reprodução)
Após a Revolução de 1930, fundou a Clínica Olivé Leite, que se tornaria referência nacional: o primeiro hospital do interior do Estado especializado em Psiquiatria, o segundo do Rio Grande do Sul e o quarto não governamental do país. Visionário, foi também entusiasta da criação de faculdades e da consolidação de uma universidade em Pelotas.
Teve papel central na fundação da Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Pelotas, sendo seu primeiro diretor. A Santa Casa e a Clínica Olivé Leite foram fundamentais como hospitais-escola. Franklin Olivé Leite morreu em na terra natal, aos 70 anos, em 8 de outubro de 1971.
Reconhecimento
Sob a direção de seu filho, Sérgio Olivé Leite, a clínica alcançou reconhecimento do Ministério da Educação, tornou-se hospital de ensino e recebeu, em 1996 e 1997, o Prêmio Qualidade Total RS. Apesar do êxito, mudanças nas políticas públicas de saúde mental levaram ao encerramento de suas atividades, interrompendo uma história iniciada em 1931 e profundamente ligada ao desenvolvimento médico, acadêmico e social de Pelotas.
Fonte: site Academia Sul-Riograndense de Medicina
Há 60 anos
Henrique Costa Mecking se torna campeão brasileiro absoluto
(Foto: Reprodução)
O gaúcho Henrique Costa Mecking conquistou o campeonato brasileiro absoluto de xadrez aos 13 anos. A conquista aconteceu em 27 de dezembro de 1965. Mecking, conhecido no Brasil e no mundo como Mequinho, é um dos nomes mais ilustres da história do xadrez brasileiro e tem uma conexão direta com a cidade de Pelotas, embora não seja seu local de nascimento.
Nascido em 23 de janeiro de 1952 em Santa Cruz do Sul, Mecking passou parte de sua infância entre São Lourenço do Sul e Pelotas, onde sua aptidão precoce pelo xadrez começou a ganhar visibilidade no meio competitivo local. Foi em Pelotas que o jovem enxadrista conquistou títulos importantes ainda na juventude.
Foi nos torneios pelotenses que Mecking começou a chamar atenção, abrindo caminho para uma carreira que o colocaria entre os melhores enxadristas do mundo na década de 1970, chegando a ocupar a terceira posição no ranking mundial.
Campeão pelotense
Aos 11 anos, venceu o campeonato pelotense, um feito que marcou o início de sua ascensão meteórica no esporte. No ano seguinte, já participava e se destacava em campeonatos estaduais e zonais, consolidando-se como um prodígio do xadrez no cenário gaúcho. A partir dessas conquistas locais, Mecking rapidamente avançou para competições de maior expressão nacional e internacional.
A conquista do brasileiro, aos 13 anos, projetou o gaúcho além das fronteiras regionais. O reconhecimento nacional culminou em 1972, quando Mecking conquistou o título de Grande Mestre Internacional, tornando-se o primeiro brasileiro a alcançar essa distinção pela Federação Internacional de Xadrez (FIDE).
Fontes: wikipedia.org; monografia En passant – O jogo de Xadrez em Jaguarão/RS (1987 a 1993) e suas experiência enquanto esporte moderno (2023), – Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em História da Universidade Federal do Pampa, de Giovane Alves Lima
