Essa é a grande questão de Pelotas atualmente. O movimento nos últimos dias era grande, mas já foram vistos maiores na cidade em outros natais. O Sindilojas projeta um crescimento moderado ou estagnação para a data, a principal do comércio. E o setor é o segundo maior empregador da cidade, com quase 20 mil vagas. Boa parte da nossa economia, portanto, passa por aí. Só que há uma série de desafios para esse fortalecimento e, entre reclamar e lamentar, precisamos encontrar o caminho de ajustar o que está ao nosso alcance.
Fato é que precisamos tornar o nosso Centro mais atraente, voltado à permanência dos visitantes e ter o consumo como consequência de um espaço receptivo e acolhedor. Para isso, é preciso olhar com sinceridade e notar os problemas que se empilham. Piso sem qualidade, buracos nas ruas, população de rua, paredes pichadas, lixo, dificuldade de estacionar, insegurança, etc. São pontos a serem tratados em diferentes frentes, por diversas organizações e de maneiras variadas. A população de rua, por exemplo, é um desafio social que as grandes cidades vivem. Os prédios pichados e lixo passam por questões de comportamento individual.
Mas diante disso tudo, é preciso de um movimento. Um grande acordo entre entidades, lojistas, governantes e também população. Hoje a Associação Comercial de Pelotas é um dos entes que tentam encabeçar uma ação pelo Centro limpo. É um passo essencial. Mas precisa de mais, precisa que a prefeitura, os vereadores, entidades e lideranças, incluindo os lojistas. E, claro, o cidadão. Apontar o dedo para falar mal da própria cidade é muito fácil, mas quantos desses carregam o descarte até a lixeira, mantém sua calçada bem cuidada e dirigem decentemente?
Somos uma cidade com economia baseada em serviços e comércio. São as nossas jóias da coroa. Assim como o turismo é para Gramado e a indústria para os Vales, por exemplo. Olhar para esses lugares e admirar é fácil e é essencial. O desafio entretanto é olhar para o próprio quintal e fazer uma avaliação de quais ações podem ser feitas para que a gente também entre nesse panteão dos “invejados” por algo.
