Papai Noel da Lojas Mazza chega à cidade

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Papai Noel da Lojas Mazza chega à cidade

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Há 50 anos

A 39ª chegada do Papai Noel, consecutiva, promovida pela Lojas Mazza aconteceu no dia 21 de dezembro de 1975, em Pelotas. O cortejo percorreu o centro da cidade. Saindo do Asilo de Mendigos, contornou a antiga praça Júlio de Castilhos, atual Dom Antônio Zattera, até a rua Andrade Neves e dali, seguindo em direção à Lobo da Costa.

Nos últimos metros, o cortejo percorreu o contorno da praça Coronel Pedro Osório e dali seguiu para a sede da Lojas Mazza na rua Marechal Floriano esquina com Andrade Neves. O desfile começou às 20h, quando o prefeito municipal, Ary Alcântara, entregou a chave da cidade ao Papai Noel.

(Foto: Reprodução)

Na frente do desfile um conjunto de batedores, com afinados clarins anunciava a chegada de Papai Noel; cartazes alusivos ao evento e, saudações oficiais darem sequência ao desfile. Em uma viatura muito ornamentada, a banda da União

Democrata executava músicas natalinas, trazendo mais emoção ao público, aglomerado nas calçadas, que acompanhava o evento. No carro alegórico denominado Paz e Amor, composto de um lindo vivo, símbolo Cristão de Natal, e do tradicional Pinheiro, iluminado, estava a lendária figura do Papai Noel. Até o Natal, a Lojas Mazza se tornava a residência oficial do “bom velhinho”.

Muitas participações

Figurando no Presépio estavam: como São José, Luiz Eduardo (o popular Duda); Nossa Senhora foi interpretada por Mônica Tavares Mazina. Como anjo, Laurinha; e, como pastores, com seus cães amestrados, Luiz Fernando, Marcelo, André e Álvaro.

O cortejo era organizado pela comissão de Festejos Natalinos da loja, que era formada por: Genuíno Ávila, supervisor; Reginaldo Esteves, Luiz Carlos Gonçalves, Ademir Silva, José Djalmo, Nilson Veleda e, na cartonagem, mestre Avelino e todos os funcionários das Lojas Mazza.

No dia 22 de dezembro, Papai Noel, juntamente com a comitiva de Lojas Mazza, às 20h30min, visitaram o Asilo. Durante o encontro com os idosos foram distribuídos presentes.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 90 anos

Comunidade de São Lourenço do Sul celebrou a inauguração da igreja Matriz

(Foto: Reprodução)

O dia 22 de dezembro marcou um capítulo fundamental na memória religiosa e cultural de São Lourenço do Sul. Em 1935, a comunidade vivia a expectativa do Natal quando testemunhou a consagração e a primeira celebração eucarística na nova Igreja Matriz, um marco arquitetônico idealizado pelo Monsenhor Augusto Gautsch.
Em texto publicado no livro São Lourenço do Sul – Radiografia de um município, das origens ao ano 2000, o médico lourenciano Edilberto Luiz Hammes, autor desta obra, relembra os fatos que precederam este momento, como a chegada do bispo Dom Joaquim ao município, um dia antes. “Por volta das 21 horas de sábado, dia 21 de dezembro de 1935, na festiva e alegre época do Advento, chega a vila de São Lourenço Sua Excelência Reverendíssima Dom Joaquim Ferreira de Mello, Bispo de Pelotas, vindo acompanhado do Monsenhor Francisco Sylvano de Souza, vigário geral do Bispado”, descreve Hammes no artigo A grande festa da consagração.
Era esperada também a vinda do monsenhor Augusto Gautsch, idealizador e construtor da Matriz, porém ele adoeceu em Rio Grande, não pôde ir. Mesmo assim, a comitiva foi recebida com entusiasmo e discursos patrióticos, o bispo foi o centro de uma imponente manifestação de apreço popular.

Missa oficializada

No domingo, 22, a Vila despertou ao som de fogos de artifício e dos novos sinos. Às 9h, Dom Joaquim, auxiliado pelos padres José Herbst, Maximiliano Strauss e pelo monsenhor Francisco Sylvano de Souza, conduziu a bênção do templo. Uma multidão emocionada seguiu em procissão ao redor da estrutura, antes de ocupar os bancos para a missa oficializada pelo padre José.
O monsenhor Sylvano, em um sermão, cativou os fiéis com uma oração sacra que entrou para a história local. As celebrações estenderam-se a um banquete no Hotel do Comércio, com a presença do prefeito Alfredo Born, e culminaram em uma cerimônia de Crisma à tarde.
As autoridades religiosas deixaram o município na manhã do dia 23. A data permanece como símbolo da união e do esforço coletivo da comunidade católica lourenciana na construção de seu maior patrimônio histórico.
Fonte: livro São Lourenço do Sul – Radiografia de um município, das origens ao ano 2000, do médico Edilberto Luiz Hammes

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