Embaixador de Portugal no Brasil é recebido com honras militares

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Embaixador de Portugal no Brasil é recebido com honras militares

Por

Há 50 anos

O embaixador de Portugal no Brasil, Vasco Luís Caldeira Soares Futscher Pereira, foi recebido com honras militares em Pelotas. A autoridade chegou na manhã de 19 de dezembro de 1975, na sua primeira visita oficial ao município.

Vasco Pereira veio ao Rio Grande do Sul para assistir em Porto Alegre o encerramento das comemorações do Biênio da Colonização no Estado, em ato solene no dia 15 de dezembro, no salão de atos do Palácio Piratini. Na época o Estado era governado por Sinval Guazzelli. O evento também contou com a presença dos embaixadores da Itália, da República Federal da Alemanha e de Gana.

Almoço e passeios

Em Pelotas o visitante ficou hospedado no Estoril Hotel. A recepção em frente à prefeitura contou com a banda de música do 4º Batalhão de Polícia Militar, que executou os hinos nacionais de Portugal e do Brasil. O embaixador passou em revista a guarda de honra constituída por uma companhia do 4º BPM e, após, foi conduzido ao gabinete do prefeito para uma visita oficial. O almoço com autoridades e comitiva da embaixada foi servido no Tourist Parque Hotel.

A autoridade ainda visitou a Sociedade Portuguesa de Beneficência e a sede campestre do Centro Português Primeiro de Dezembro e dali partiu para o balneário Santo Antônio, no Laranjal. À noite, no Centro Português, Vasco Pereira foi homenageado pela comunidade lusa local com um jantar típico.

Outros municípios

No dia 20, o cônsul visitou o município de Rio Grande, onde também foi recebido com honras militares e teve encontro com o prefeito Rubens Emil Corrêa, além de ter visitado a Capitania dos Portos. Pereira também esteve em Bagé.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

Nova edição do Almanaque Pelotas estava à venda nas livrarias locais

Biografia do Visconde da Graça na edição de 1926 (Foto: Reprodução)

Na segunda metade de dezembro de 1925 chegou às livrarias o Almanaque de Pelotas 1926. A publicação anual, carinhosamente denominada por “o livro da cidade”, chegou na sua 14ª edição trazendo 20 “clichês” (imagens fotográficas), publicidade local e textos sobre assuntos variados escritos por diferentes colaboradores.

A obra apresentou referências à vida da cidade em 1925, abrangendo os projetos e aspectos evolutivos no ambiente urbano e social. A publicação ainda homenageou João Simões Lopes Filho, o Visconde da Graça (1 de agosto de 1817 — Pelotas, 25 de outubro de 1893), trazendo a sua biografia.

Entendimento da cidade

De acordo com artigo do professor e pesquisador Aristeu Elisandro Machado Lopes, doutor em História, 1913 foi o ano do primeiro volume do Almanaque de Pelotas, grafado inicialmente “Almanach”. A última publicação foi dedicada a 1935. Os fundadores da publicação foram Antônio Gomes da Silva, Inácio Alves Ferreira e Florentino Paradeda, que constituíam a firma Ferreira & Cia.

Porém, em 1919 Paradeda assumiu exclusivamente a direção do Almanaque. “Na capa dos volumes constavam as palavras ‘variedades, informações, propagandas’, informando o leitor sobre os principais temas que seriam abordados nas variadas seções”.

“Ao longo dos anos de circulação do Almanaque, a urbanidade da cidade de Pelotas recebeu grande visibilidade nos volumes, sobretudo a partir das fotografias que destacavam as paisagens urbanas, com ruas projetadas, praças, intenso trânsito de transeuntes, automóveis, registros da vida cotidiana e urbana, entre outros elementos que compunham o entendimento do que seria a modernidade da cidade”, descreveu Machado Lopes, no artigo O Centenário da Independência do Brasil nas páginas do Almanaque de Pelotas (1922-1923).

A maior parte das publicações pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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