Nosso verão

Editorial

Nosso verão

Nosso verão
(Foto: Jô Folha)

A edição deste fim de semana de A Hora do Sul traz um caderno especial de atrações da Zona Sul do Estado neste verão. Somos uma região privilegiada geograficamente. A única no Rio Grande do Sul em que se é capaz de ir de uma serra (a dos Tapes), no melhor estilo colonial germânico e italiano, até o mar em menos de uma hora. Temos água doce, água salgada, arroios, campings, cachoeiras, praias agitadas e tranquilas. É verão para todos os públicos. Compreender a Costa Doce e suas potencialidades é entender como o turismo pode ser uma das chaves da nossa economia no futuro. Mas, mais do que isso, entender como há muitas atrações de nós para nós mesmos.

Há algo especial na nossa região e por muito tempo nossa comunidade não olhou para isso. Nossa gastronomia traz opções de mais de uma dezena de etnias e ascendências que formaram nossa identidade tão plural. Nossa cultura é rica, com prédios históricos e vivência de quem ajudou a formar um pouco da identidade gaúcha e até brasileira. Nossas praias são belas. Nossa colônia é cheia de opções. Talvez justamente pelo tanto, até hoje tenha nos faltado foco de olhar para onde colocaremos a força do nosso turismo. A pluralidade é um caminho, mas precisa ser desenhado.

Nos últimos anos, a chama do turismo da Zona Sul, que por muito tempo ficou restrita a alguns poucos sonhadores, reacendeu com mais força. Pelotas hoje tem uma secretaria voltada a pensar o tema. O Estado trouxe, na última semana, a primeira edição de seu principal evento turístico para cá. Essa compreensão, aos poucos, vai ganhando aderência. Mais vozes se somam à possibilidade de que sim, nós podemos. Só precisamos querer e entender.

O primeiro grande passo para sermos um polo turístico nos próximos anos passa justamente por nós mesmos. Olhar para o lado, olhar para o que termos e entender que nossa grama é tão, ou até mais, verde que a do vizinho. Que o Laranjal é uma benção da natureza. Que o Cassino tem sua peculiaridade ímpar e nenhuma outra praia consegue ser parecida. Que São Lourenço é um raro lugar que consegue andar na linha tênue entre a paz e o agito. E mais tantas outras possibilidades. O futuro começa aqui e começa por mudar o olhar.

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