Pelotas receberá mais de R$ 2,1 milhões para pavimentação na Z-3 e Fátima

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Pelotas receberá mais de R$ 2,1 milhões para pavimentação na Z-3 e Fátima

Obras dependem da liberação dos recursos para início das licitações

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Pelotas receberá mais de R$ 2,1 milhões para pavimentação na Z-3 e Fátima
Rua do bairro Fátima será revitalizada (Foto: Jô Folha)

O município de Pelotas terá mais de R$ 2,1 milhões em investimentos para obras de pavimentação urbana nos bairros Fátima e Colônia de Pescadores Z3. Os recursos constam em dois contratos de repasse firmados entre a prefeitura e a União, por meio do Ministério das Cidades, com a Caixa Econômica Federal como agente operador, publicados nesta quarta-feira no Diário Oficial da União.

No bairro Fátima, o contrato prevê investimento de pouco mais de R$ 1 milhão para a pavimentação e requalificação da rua Arthur de Souza Costa, com R$ 10 mil de contrapartida municipal. A via é considerada estruturante por ligar a região do Navegantes ao Parque Una e integrar um planejamento futuro de mobilidade urbana, com projeção de uma nova ponte de conexão entre os bairros.

Na Colônia de Pescadores Z-3, o contrato destina cerca de R$ 1,1 milhão para a pavimentação de vias urbanas, com contrapartida municipal de R$ 11,5 mil. A obra contempla o trajeto utilizado pelo transporte coletivo, desde a entrada da localidade até a praça Olegário Costa.

Realidade nas ruas

(Foto: Jô Folha)

A publicação dos contratos reacende a expectativa de moradores que convivem há anos com ruas em más condições. No bairro Fátima, o morador Honorato Ferreira, que vive na região há mais de 30 anos, relata que os problemas se intensificam com a chuva. “Eles até colocam aquele tapa-buraco, mas vem a chuva e o buraco aparece de novo. A gente sofre aqui nas casas, tudo treme e racha”, afirma.

Segundo ele, o asfalto é coberto por remendos e, em alguns pontos, sequer existe. “Não tem nem calçada direito. As pessoas acabam andando na rua, o que deixa tudo ainda mais perigoso”, relata. Ferreira também cita acidentes e prejuízos. “Já aconteceram vários tombos de moto, carros estragados por causa dos buracos. Um investimento aqui seria muito bom”.

Na Z-3, onde a maioria das vias não é pavimentada, a moradora e comerciante Daiane Rodrigues destaca os impactos econômicos e sociais da precariedade das estradas. “Muitas vezes, as pessoas não querem vir por causa da estrada, que estraga os carros”, conta. Ela também menciona dificuldades no transporte público. “Os ônibus estragam no caminho, as pessoas acabam perdendo o horário ou até o dia de trabalho”, revela.

Apesar da esperança, Daiane diz que o sentimento é de cautela. “Vai ser cem por cento melhor. Mas a gente só acredita vendo, né? Já ouvimos muitas promessas que não foram cumpridas”, desabafa.

Próximos passos

Com a formalização dos contratos, a prefeitura informa que ainda aguarda a liberação dos recursos para iniciar as licitações. No caso da Z-3, os valores resultam da combinação de emendas parlamentares, com uma emenda de R$ 1,1 milhão, indicada em 2025 pelo deputado federal Dionilso Marcon (PT), além da redesignação de R$ 300 mil do próprio parlamentar e R$ 45 mil de quando o atual prefeito Fernando Marroni (PT) atuava como deputado estadual. Os contratos têm vigência até setembro de 2028.

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