O prefeito de Pelotas, Fernando Marroni, fez um balanço do primeiro ano de seu atual mandato e projetou 2026 como um período de intenso volume de obras, recuperação econômica e avanços em áreas estratégicas como infraestrutura, habitação, saúde e mobilidade urbana.
Segundo Marroni, o anúncio do governo federal sobre a reativação do Polo Naval e outros investimentos na região, como a implantação de uma usina termelétrica e novas perfurações da Petrobras no litoral sul, deve gerar reflexos diretos em Pelotas. “Quando o Polo Naval funcionou a pleno, tínhamos aqui uma verdadeira frota de ônibus que saía pela manhã e voltava no final da tarde. Então, tem o impacto definitivo (…) tivemos mais de 14 mil trabalhadores diretos no Polo Naval”, afirmou.
Pavimentação segue como principal desafio
Ao tratar das demandas urbanas, o prefeito reconheceu que a pavimentação das vias segue como o maior desafio da gestão. Marroni destacou que o orçamento limitado em 2025 dificultou avanços mais expressivos, embora ações emergenciais tenham sido realizadas, como a recuperação de trechos que fazem parte da rota de algumas linhas de ônibus e a reativação da usina de asfalto do município.
Para 2026, o orçamento aprovado pela Câmara de Vereadores prevê R$ 14 milhões para manutenção da pavimentação, ante R$ 4,5 milhões destinados em 2025. Além disso, estão previstas obras de reestruturação em 12,9 quilômetros de vias do caminho do ônibus, beneficiando diversos bairros.
Saúde e interior do município
Na saúde, Marroni ressaltou a ampliação do horário de funcionamento em quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a previsão de expansão da rede. Pelotas deve receber mais duas UPAs, sendo uma já contemplada em edital, além de um novo posto de saúde no bairro Santa Terezinha. Também estão previstos investimentos em bairros que cresceram sem a devida ampliação da infraestrutura, como o Sítio Floresta.
Sobre a zona rural, o prefeito afirmou que o município deve decretar situação de emergência em razão das chuvas intensas que causaram prejuízos às estradas, pontes e à produção agrícola. Três pontes precisarão ser reconstruídas, desta vez em concreto, conforme exigências da Defesa Civil. A expectativa é recuperar completamente as estradas ainda durante o verão.
Dívidas quitadas e relações institucionais
No aspecto financeiro, Marroni afirmou que a prefeitura encerra 2025 sem restos a pagar a fornecedores. Segundo ele, foram quitados cerca de R$ 61 milhões em dívidas acumuladas de exercícios anteriores. “Entramos em 2026 com caixa equilibrado e condições de executar um orçamento real”, destacou.
O prefeito também avaliou positivamente as relações institucionais com a Câmara de Vereadores e entidades da cidade. Segundo ele, apesar das divergências naturais do ambiente democrático, todos os projetos considerados estruturantes para Pelotas foram aprovados.
Centro histórico e cultura
Entre os desafios futuros, Marroni apontou a revitalização do centro histórico. Estão previstas obras no Mercado Público, a reabertura do Theatro Sete de Abril, a recuperação do Casarão 2 e a implantação de uma escola de gastronomia em parceria com entidades do comércio. O prefeito ressaltou que a requalificação da área central depende também do engajamento da iniciativa privada.
Ao final da entrevista, Marroni afirmou que, se os projetos forem executados conforme o planejado, Pelotas viverá um período intenso de obras a partir de 2026. “Será um grande desafio, mas também uma grande oportunidade de transformar a cidade”, concluiu.
