Sesc/Fecomércio-RS manifesta interesse em comprar o Theatro Guarany por R$ 25 milhões

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Sesc/Fecomércio-RS manifesta interesse em comprar o Theatro Guarany por R$ 25 milhões

Proposta enfrenta impasse entre herdeiros e agora é discutida na Justiça; Revitalização do espaço também está prevista

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Sesc/Fecomércio-RS manifesta interesse em comprar o Theatro Guarany por R$ 25 milhões
Foto: Nátalli Bonow

O Serviço Social do Comércio (Sesc/Fecomércio-RS) confirmou oficialmente o interesse na aquisição e revitalização do Theatro Guarany, em Pelotas, um dos mais importantes patrimônios culturais do Rio Grande do Sul. A proposta apresentada pela instituição é de R$ 25 milhões, valor que supera em mais do que o dobro a última avaliação judicial do imóvel.

A manifestação consta em declaração assinada pelo presidente do Conselho Regional do Sesc-RS, Luiz Carlos Bohn. No documento, a entidade afirma que pretende incorporar o teatro ao seu acervo patrimonial e incluí-lo na agenda cultural de espetáculos, como parte de suas finalidades sociais. O valor ofertado tem como base laudos oficiais de avaliação e seria pago pela integralidade do imóvel.

Impasse entre condôminos

O Theatro Guarany pertence a diversos herdeiros da família Zambrano, em regime de condomínio. Segundo os autos do processo judicial que tramita na Vara Cível de Pelotas, condôminos que detêm 75% do imóvel manifestaram concordância com a venda, enquanto outros três proprietários, que somam 25%, recusaram a proposta.

Diante da recusa, os proprietários majoritários ingressaram com uma ação de extinção de condomínio com pedido de venda direta por iniciativa particular, apontando a indivisibilidade do bem e a inviabilidade de manter a comunhão. A ação sustenta que o teatro, inaugurado em 1921 e reconhecido como patrimônio cultural, não pode ser fisicamente dividido, o que autoriza sua alienação judicial.

Interesse mantido mesmo com ação judicial

Na declaração oficial, o Sesc informa que mantém o interesse na aquisição mesmo com a judicialização do caso e que poderá ingressar formalmente no processo como terceiro interessado. A instituição ressalta, no entanto, que a compra ainda depende de aprovação dos Conselhos Regional e Nacional, conforme as normas internas que regem operações imobiliárias

Os autores da ação também solicitaram, em caráter de urgência, autorização judicial para que o valor de R$ 25 milhões seja depositado em juízo, como forma de garantir a proposta e evitar a perda do negócio durante o trâmite do processo.

O caso aguarda análise do Poder Judiciário.

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