Há 50 anos
Com dois pelotenses na formação, o Almôndegas estreou o show Aqui no Theatro Guarany, na noite de 17 de dezembro de 1975. No repertório canções do, então, recém lançado novo LP do grupo. No palco estavam João Baptista, Quico Castro Neves, Kleiton e Kledir Ramil e Gilnei Silveira.
Aqui, homônimo ao show, com 12 canções inéditas, foi o segundo LP do conjunto. Gravado em 1975, seguiu o sucesso do álbum de estreia, Almôndegas, lançado em abril do mesmo ano. O primeiro LP atingiu uma tiragem de 15 mil cópias, através da Continental.
A maioria das músicas era de autoria do conjunto, com a participação de parceiros de Porto Alegre. O show teve uma hora é meia de duração. Luiz Arthur Nunes fez a direção cênica e Celso Loureiro Chaves, a direção musical. A cenografia ficou sob responsabilidade de Pedro Pires; a iluminação da Focos e o som da Contempo.
“Este trabalho difere do primeiro, uma vez que foi feito com maior espaço de tempo e, via de consequência, mais aprimorado. Após esta apresentação no Guarany, partiremos para o interior do Estado, Bahia, Minas, São Paulo, além de Porto Alegre, é claro”, falou à imprensa um dos músicos.
Novidade na formação

(Foto: Reprodução)
Entre as novidades, estava um cuidado maior com a cenografia e a iluminação, destacaram os músicos. No show em Pelotas o grupo apresentou a nova formação, após a saída de Pery Souza, substituído por João Baptista, no contrabaixo, enquanto Quico Castro Neves ficou com a viola de 12 cordas, Kleiton com violão, percussão e violino; Kledir, no violão e flauta e Gilnei na percussão.
O jaguarense Pery Alberto Alves de Souza era primo da dupla Kleiton & Kledir. O músico morreu em setembro do ano passado aos 71 anos, em Porto Alegre.
Primitivo e intuitivo
Sobre o novo LP, o grupo divulgou: “O som foi melhor elaborado, antes era mais primitivo, intuitivo. Agora houve uma preocupação em fazer um arranjo para cada instrumento”. Aqui, de acordo com os músicos, a gravação de Aqui ocorreu em condições técnicas muito superiores ao primeiro. Aragana e Canção da meia-noite, que puxavam, respectivamente, os lados B e A, foram gravadas no estúdio Level, no Rio de Janeiro, inaugurado pelo conjunto. Na época se posicionava como uma dos melhores do País, contando com 16 canais.
O compositor, pianista e professor gaúcho Celso Loureiro Chaves, diretor musical do grupo, fez o arranjo de algumas composições do grupo. Em 1975, o Almôndegas colhia os frutos de quatro anos de trabalho dos jovens músicos, que na época tinham uma média de idade de 24 anos.
Estética inovadora
A faixa Canção da meia-noite se transformou em sucesso nacional ao ser incluída trilha sonora da novela Saramandaia (3 de maio a 31 de dezembro de 1976), da Rede Globo de Televisão. A composição é extremamente representativa da proposta musical inovadora do Almôndegas.
O grupo tinha uma estética marcada por letras intimistas e clima urbano que dialogavam com o rock, a MPB e a canção latino-americana, distanciando-se do tradicionalismo gaúcho, porém sem perder o caráter regional.
Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; wikipedia.org
Há 100 anos
Duas obras para facilitar a mobilidade urbana no município

Na década de 1920,
vias mais distantes do centro começavam a ser pavimentadas (Foto: Reprodução)
A Intendência de Pelotas finalizava a construção do novo pontilhão de acesso ao bairro Simões Lopes. A obra ocorreu meia quadra além do extremo sul da rua Manduca Rodrigues. O objetivo era facilitar a mobilidade urbana.
Mas esta não era a única obra, na época, o trecho da Manduca Rodrigues, entre as ruas Três de Maio e Independência, atual Uruguai, também foi pavimentado com pedras irregulares, sobre a qual faltava colocar uma camada de piche para solidificar o calçamento, evitando o inconveniente do pó, segundo as autoridades em dezembro de 1925.
Grupo de Carlos Bachettini
O projeto era do engenheiro Ewbank da Câmara, diretor de Obras, que previu um pontilhão de concreto armado, com vão de dois metros de comprimento e 10 de largura. Os muros e as alas eram de alvenaria de pedra, com argamassa de cimento. As grades laterais seriam igualmente de concreto, com ornamentos singelos, “mas de linhas elegantes”, conforme a imprensa local, na época.
O trabalho era do grupo de pontes e estradas chefiado por Carlos Bachettini, desenvolveu a obra e durou cerca de 30 dias. O novo pontilhão substituiu um de madeira e que não oferecia mais segurança.
Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense