O pelotense Gabriel Brod conquistou, no sábado (13), o vice-campeonato mundial de jiu-jitsu. Ele disputou o Mundial organizado pela Federação Internacional de Jiu-Jitsu Brasileiro (IBJJF), na categoria faixa preta meio-pesado, sem kimono, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Brod venceu quatro lutas até chegar à final. Entre os triunfos, superou o brasileiro Rafael Paganini nas quartas de final, adversário que o havia derrotado meses antes na decisão do Campeonato Brasileiro. Na final, o atleta de Pelotas acabou superado pelo polonês Pawel Jaworski, ficando com a medalha de prata.
Orgulhoso do resultado, Brod destacou o nível da competição e o significado da conquista. “Para mim foi muito importante, a materialização de um sonho. Desde que eu comecei no jiu-jitsu, eu sempre sonhei estar entre os melhores do mundo na faixa preta, onde está a galera mais profissional, a elite do esporte. Esse ano eu consegui ser o segundo melhor do mundo, na federação mais difícil, com os atletas mais difíceis do mundo. Não foi fácil chegar até a final”, afirmou o atleta pelotense que hoje treina na equipe Gracie Barra Felipe Preguiça, de Belo Horizonte.
Para alcançar a prata, Brod precisou passar por quatro adversários, com atuações consistentes. Foram duas vitórias por finalização, uma por katagatame e outra com ataque de perna, e duas por pontos, mas ambas com ampla vantagem. Apenas na decisão, um erro acabou sendo decisivo para a derrota.
“Fiquei muito feliz com o meu desempenho. Passei por muitas provações esse ano, tive muitos problemas, muitas lesões, teve várias fases que eu duvidei muito de mim. E essa foi a prova de que eu estou entre os melhores do mundo, que eu tenho capacidade de chegar cada vez mais longe e que eu estou no páreo para brigar com qualquer um”, ressalta Brod.
Top-10 do ranking mundial
Além da medalha, Gabriel Brod teve outro motivo para comemorar no Mundial. O pelotense entrou para o top-10 do ranking mundial peso por peso da IBJJF na faixa preta. A classificação leva em conta a pontuação dos atletas nos últimos três anos, e Brod alcançou a marca mesmo com apenas dois anos competindo na faixa preta adulta.
“Foi uma grata surpresa. Eu não sabia que estava entre os dez melhores peso por peso. Tenho basicamente dois anos lutando de faixa preta adulta. Fiquei muito feliz e acredito que no ano que vem posso chegar ao top-3, talvez até brigar pelo top-1”, projetou.
Próximo objetivo
Após se consolidar como vice-campeão mundial em sua categoria, Brod já mira o próximo grande desafio: a disputa do Abu Dhabi Combat Club (ADCC) em 2026. Considerado a “Olimpíada do Grappling”, o evento ocorre a cada dois anos e pode ser disputado por convite ou por meio de seletivas. Duas delas vão ocorrer no Brasil nos próximos meses.
“Agora é treinar muito e me dedicar para chegar no meu ápice nas seletivas, que serão o evento mais importante do ano que vem, tirando o Mundial”, concluiu.