A festa rubro-negra após o título da Copa Professor Ruy Carlos Ostermann, com a invasão do campo do Bento Freitas por torcedores, não caiu bem na Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e também foi criticada por profissionais do Aimoré, time superado pelo Brasil por 2 a 0 no jogo de volta da final, neste domingo (30).
“A FGF lamenta que, por questões de segurança, não pode ser realizado o protocolo de premiação da final da Copa FGF. A diretoria da FGF e Cristiane, filha do Professor Ruy Carlos Ostermann, homenageado da competição, não puderam permanecer no gramado para fazer a entrega das medalhas e realizar o protocolo, em razão da invasão do campo de jogo”, afirma nota publicada pela entidade.
Durante a partida, quando o placar já era de dois gols a favor do Xavante, o clube solicitou, por meio da imprensa, para que a torcida não invadisse o gramado em caso de título. No entanto, torcedores deixaram as arquibancadas em todos os setores e foram para o campo imediatamente depois do apito final do árbitro Wagner Echevarria.
Sem premiação aos vice-campeões
Por conta do cenário, a equipe de São Leopoldo não recebeu a premiação pelo vice-campeonato. Em entrevista à Rádio Pelotense 99,5 FM, o treinador do Índio Capilé, Ariel Lanzini, reclamou da situação.
“Uma vergonha isso aqui. É com isso que a gente não pode ser conivente. A Boca do Lobo, na semifinal, já era para ter sido suspensa, aí os caras conseguem um efeito suspensivo. A gente está acuado. Só queremos ir para o vestiário e não conseguimos”, criticou.
“Sabe o que vai acontecer? A federação vai dar um jogo [de suspensão], vai dar uma multa. Isso que aconteceu agora é a maior vergonha que existe”, também disse o técnico. O lateral-esquerdo Cássio se juntou à manifestação: “É uma vergonha que estão fazendo com o Aimoré”.
Súmula registra
O árbitro citou na súmula do confronto uma série de eventos observados na decisão da taça da Copinha. São mencionados os arremessos de dois rolos de papel e a presença de sinalizadores, fato este que gerou a paralisação do jogo nos minutos finais do segundo tempo.
Um torcedor invadiu o gramado durante a realização da partida. “O mesmo não atingiu e nem tocou em nenhum atleta”, relata Wagner Echevarria.
“Relato ainda que fui informado por um dirigente da equipe visitante que um atleta de sua equipe havia sido agredido enquanto aguardava para deslocar ao seu vestiário. Nós da arbitragem não vimos o fato, pois já estávamos em nosso vestiário”, completou o árbitro.
