O Brasil segue invicto na Copa Professor Ruy Carlos Ostermann e agora depende de uma vitória simples em casa para conquistar o título. Os primeiros 90 minutos da decisão contra o Aimoré terminaram sem vantagem para nenhum dos lados. No estádio Cristo Rei, em São Leopoldo, Micael abriu o placar a favor do Índio Capilé em novo gol sofrido em bola parada, mas Wesley Santos deixou tudo igual: 1 a 1 durante a noite desta quinta-feira (27).
A partida de volta da final está marcada para as 19h de domingo (30), no Bento Freitas. Quem vencer garante a taça; se houver novo empate, a definição do campeão da edição 2025 da Copinha da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) vai para os pênaltis. A promoção do ingresso solidário acabou na quinta, e as entradas passam a custar R$ 60, com meia por R$ 30. Sócios em dia têm acesso garantido.
Maciel repete tripé no meio
Com Murilo de volta, Gilson Maciel optou por manter Thiago Henrique entre os titulares na ausência de Alan. A escalação do Brasil em São Leopoldo apresentou novamente um tripé na faixa central. O Aimoré, por sua vez, atuou com um centroavante na vaga do volante Jeferson Lopes, lesionado e fora da competição: Ariel Lanzini escolheu Matheus Rodrigues, camisa 9, para substituir o capitão do Índio Capilé.
O time da casa chegava, portanto, de maneira ofensiva. Extrema durante o campeonato, Vidmar desempenhou a função de volante ao lado de Araújo. Os mandantes dominaram o começo da partida, registraram a primeira finalização – Ariel, para fora após desvio em Yuri – e ainda inauguraram o placar. Aos 19 minutos, a bola aérea defensiva do Xavante voltou a representar um problema.

Brasil voltou a começar com três meio-campistas de características mais defensivas: Giovani, Thiago Henrique e Murilo (Foto: Paulo Pires – GEB)
Ariel cobrou escanteio da esquerda buscando a segunda trave. Tiepo hesitou na saída da meta, Maicon ajeitou de cabeça para dentro e Micael, dentro da pequena área, escorou para as redes: 1 a 0. Foi o terceiro gol do experiente zagueiro na Copa Professor Ruy Carlos Ostermann, deixando-o isolado na artilharia do Aimoré. E o lance foi, também, a senha para o crescimento do Rubro-Negro.
O Brasil não se assustou com a superioridade do oponente no marcador. Gilson Maciel mexeu no posicionamento do meio-campo, e Murilo ganhou mais liberdade para flutuar perto de Patrikão. O centroavante, aliás, acionou Silvano aos 23 minutos para a primeira chance perigosa a favor do Xavante. O camisa 7 arriscou de fora da área, em uma pancada, e Enzo voou para espalmar, evitando o empate.
O goleiro aimoresista, entretanto, falhou logo em seguida. Aos 27, o Rubro-Negro ensaiou uma blitz. Depois de um cruzamento da esquerda, Silvano pegou a sobra no lado oposto e passou para Murilo. Da intermediária, o meio-campista cruzou. Patrikão e Micael disputaram, mas nenhum deles alcançou. Enzo espalmou e acertou Wesley Santos – o atacante aparecia na pequena área e, com a bola batendo em seu peito, empatou: 1 a 1.
Amarelos viram preocupação
Nem Maciel nem Lanzini mexeram para o segundo tempo, porém o treinador do Brasil foi praticamente obrigado a fazer isso logo aos oito minutos da etapa final. Thiago Henrique tomou cartão amarelo e parecia perto da expulsão. Então, acabou substituído por Márcio Jonatan. O desenho tático seguiu igual, mas a comissão técnica recuou Murilo e deixou Márcio como um meia central.
Na sequência, o Xavante passou a ter um problema para o jogo de volta da decisão. Yuri cometeu falta em Ariel e recebeu cartão amarelo – o terceiro do camisa 2 desde o início dos mata-matas da Copinha. Suspenso, ele não vai atuar no domingo na Baixada. A infração gerou bola na área rubro-negra e, após saída de Tiepo, Araújo desviou para o meio da área. Tiago Pedra cabeceou para o gol. Sobre a linha, Patrikão impediu, de cabeça, o gol.
Em um segundo tempo de poucas chegadas do Brasil ao terço final, a primeira conclusão surgiu aos 19 minutos, quando Murilo bateu de perna direita por cima do travessão, sem perigo. Em seguida, Araújo respondeu na mesma moeda: bateu de longe, alto demais. Depois, Ariel recebeu na área por elevação, arrumou espaço e chutou forte. Bem posicionado, Tiepo defendeu.
Pouco a pouco, os cartões amarelos iam se tornando uma preocupação para o Xavante. Aos 25 minutos, já eram cinco apresentados pelo árbitro Douglas Schwengber da Silva, todos para o Rubro-Negro. Um dos amarelados, Silvano, deixou o campo para ingresso de Daniel. Mais tarde, Gilson Maciel também sacou Giovani e Patrikão; entraram Matheus Obina e Johann para a reta decisiva do jogo.
A primeira substituição de Lanzini no Aimoré só ocorreu aos 41 minutos. Em troca de centroavantes, saiu Matheus Rodrigues e entrou Matheus Mazia. Apesar de não ameaçar o goleiro Enzo ao longo da metade final da partida, o Brasil também não sofria mesmo que os donos da casa tivessem volume ofensivo. O Xavante acabou o confronto com sete cartões amarelos, no entanto somente Yuri desfalcará o time no domingo.
Ficha técnica
Aimoré (1): Enzo; Maicon, Micael, Tiago Pedra e Cássio; Araújo, Vidmar, Mauri, Cris Magno e Ariel (Luiz Gustavo, 46’ 2T); Matheus Rodrigues (Matheus Mazia, 41’ 2T). Técnico: Ariel Lanzini.
Brasil (1): Tiepo; Yuri, Jô, Felipe Camargo e Otávio; Giovani Alvisi (Matheus Obina, 36’ 2T), Thiago Henrique (Márcio Jonatan, 8’ 2T) e Murilo; Silvano (Daniel, 25’ 2T), Wesley Santos e Patrikão (Johann, 36’ 2T). Técnico: Gilson Maciel.
Gols: Micael, aos 19’ 1T (A); Wesley Santos, aos 27’ 1T (B).
Cartões amarelos: Ariel e Araújo (A); Patrikão, Thiago Henrique, Yuri, Silvano, Wesley Santos, Tiepo e Matheus Obina (B).
Cartão vermelho: Rissi [no banco] (A).
Árbitro: Douglas Schwengber da Silva.
Local: estádio Cristo Rei, em São Leopoldo.
