Pelotas terá 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres

mobilizações

Pelotas terá 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres

Entre as atividades, serão feitas rodas de conversa, marchas, encontros e palestras

Por

Pelotas terá 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres
Essas ações buscam compreender a situação de cada mulher e a evolução de cada caso, para que possam achar estratégias que garantam a segurança dessas pessoas (Foto: Divulgação)

A fim de mobilizar a sociedade e denunciar as formas de violência contra as mulheres, a prefeitura de Pelotas, através da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SPM), irá realizar a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. As ações serão realizadas entre o dia 20 de novembro e 10 de dezembro, com o início sendo marcado pelo Dia da Consciência Negra, em reconhecimento a vulnerabilidade vivida por mulheres negras, que representam mais de 60% dos feminicídios no Brasil.

Entre as atividades, serão feitas rodas de conversa, marchas, encontros e palestras, todas com um objetivo em comum: o combate à violência. A realização contará com parcerias, sendo elas as secretarias de Saúde (SMS), Segurança Pública (SSP), Assistência Social (SAS), Transporte e Trânsito (STT), Esporte, Lazer e Juventude (Selj), a faculdade de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

Acompanhamento de casos

A SPM foi fundada com o objetivo de promover a segurança da população feminina em Pelotas. A secretaria promove reuniões da rede de enfrentamento à violência doméstica, capacitações, grupos de estudo de casos, mapeamento das ocorrências, acompanhamento de caixa lilás e realiza o acolhimento de mulheres através de dois serviços: o Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram) e a Casa Luciety.

A rede de enfrentamento à violência é dividida em duas frentes, a direta e ampliada. Atuam de forma direta quando há a ocorrência da violência, contando com buscas ativas daquelas em situação de risco, com o apoio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Cram, Patrulhas Maria da Penha, juizado da violência doméstica, promotoria, defensoria e casa de acolhida.

A rede ampliada opera na prevenção, sendo composta por instituições governamentais e da sociedade civil, que ao identificarem a possibilidade do crime, informam as instituições de competência responsáveis para que seja feito um contato com a mulher, a fim de esclarecer a situação e oferecer ajuda. Enquanto isso, também são feitas capacitações com profissionais que atuam nessa linha de frente, para que saibam a melhor maneira de agir diante da vulnerabilidade de mulheres em situação de violência, com acolhimento e escuta atenta.

Os grupos de estudos de caso e mapeamento das ocorrências também fazem parte do papel da SPM, em que as equipes analisam cada situação. Essas ações buscam compreender a situação de cada mulher e a evolução de cada caso, para que possam achar estratégias que garantam a segurança dessas pessoas. Enquanto isso, a Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal, conta com agentes capacitados para atuar diretamente na fiscalização das medidas protetivas de urgência em vigor em Pelotas, através de rondas.

A caixa lilás é um espaço destinado para pedidos de socorro e denúncia, sem ser necessária a identificação do denunciante. Localizado na rua Dom Pedro II, 813, e com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, o Cram oferece acolhimento e suporte, integrando os serviços de prevenção e proteção às mulheres, disponibilizando acompanhamento psicológico, social e orientação jurídica. Enquanto isso, a Casa de Acolhida Luciety abriga mulheres que estão com medidas de urgência e não possuem suporte familiar, sendo um espaço seguro, vigiado e com endereço não divulgado.

Tipos de violência

De acordo com o Instituto Maria da Penha, estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006):

  • física
  • psicológica
  • moral
  • sexual
  • patrimonial

Além disso, a violência digital também é um crime previsto no código penal, estando em tramitação para ser incluída na Lei.

Denuncie

  • Em casos de emergência, com necessidade de atendimento imediato, ligue 190 (Polícia Militar).
  • Para denúncias e orientações, ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher).
  • As ligações podem ser feitas de qualquer lugar e não é necessário possuir créditos no celular para completar a chamada
  • Também é possível registrar ocorrências e solicitar medidas protetivas de urgência através da Delegacia de Polícia Online da Mulher clicando aqui.

PROGRAMAÇÃO 

  • 20/11, das 14h às 22h – Marcha 20 de novembro: Saída da avenida Bento Gonçalves às 14h, contando com atividades no Largo do Mercado Público
  • 21/11, às 14h – Entrega dos certificados do curso de Empreendedorismo: Sala Frederico Trebbi, saguão da prefeitura
  • 25/11, às 14h – Lançamento do Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher: Sala Frederico Trebbi, saguão da prefeitura
  • 26/11, 8h às 14h – Ação intersetorial na Colônia Z3: Na UBS, Rua Raphael Brusque, 147
  • 27/11, 9h às 15h – Atividade na Colônia Maciel: EMEF Garibaldi
  • 28/11, 14h – Roda de conversa no estande da Secretaria de Política para Mulheres na Feira Cultural Literária Preta- FECLIP
  • 29/11, às 14h – Cine Mulher – Arco Íris: Clube de mães, rua Inocêncio de Queiroz, 2598
  • 03/12, às 14h – Roda de conversa sobre o Dia da Pessoa com Deficiência: Sede da SPM, rua Dom Pedro II, 813
  • 04/12, às 9h – Formação de Homens no Sanep: Casa do Trabalhador, rua Santa Cruz, 2464 A
  • 10/12, às 9h – Encontro dos CRAMS: Sede da SPM, rua Dom Pedro II, 813

 

Acompanhe
nossas
redes sociais