Getúlio Vargas lidera golpe militar e institui o Estado Novo

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Getúlio Vargas lidera golpe militar e institui o Estado Novo

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Atualizado segunda-feira,
10 de Novembro de 2025 às 11:08

Há 88 anos

Em 10 de novembro de 1937, o então presidente, o gaúcho Getúlio Vargas, liderou um golpe militar com o apoio das Forças Armadas, instaurando o regime ditatorial conhecido como Estado Novo.

Vargas, que ascendeu ao poder pela Revolução de 1930, encerrou seu período constitucional (iniciado em 1934) com o autogolpe. O político foi motivado pela indisposição de deixar o poder e por um forte sentimento pró-ditadura após a insurreição comunista de 1935.

Os preparativos, iniciados em setembro, contaram com a utilização do Plano Cohen, um documento fraudulento forjado para manipular o Congresso Nacional a declarar estado de guerra. O pretexto permitiu a intervenção federal e o exílio de opositores, como o governador gaúcho Flores da Cunha.

Na manhã do dia 10, militares cercaram o Congresso. Vargas anunciou o novo regime por rádio, apresentando uma nova constituição corporativista redigida por Francisco Campos.

O Estado Novo estabeleceu um regime semifascista e autoritário, suprimindo liberdades e direitos individuais. O mandato de Vargas foi estendido por oito anos, e o poder dos estados foi drasticamente reduzido. A ditadura só foi encerrada por outro golpe em 1945.

Perda de mandato

Na época, o advogado pelotense Augusto Simões Lopes (1880-1941) era senador, desde 1935, e vice-presidente do Senado. Com o fechamento do Congresso, Lopes, que também foi intendente de Pelotas, entre 1924 e 1928, voltou para a terra natal. O senador morreu em 1941, aos 61 anos, sem ver o Senado reaberto. O que aconteceu somente em 23 de setembro de 1946.

Há 50 anos

Dercy Gonçalves encena peça Tudo na cama, no Theatro Guarany

Peça foi encenada no Theatro Guarany em 10 de novembro de 1975 (Foto: Reprodução)

A atriz Dercy Gonçalves apresentou em Pelotas a Tudo na cama. O espetáculo foi levado ao Theatro Guarany, pelo Centro de Arte e Cultura (CAC), em 10 de novembro de 1975.

Derci vinha de temporada na capital do Estado, onde afirmou que o que ela queria mesmo era fazer as pessoas esquecerem “as desgraças do dia a dia” e rirem um pouco. “Conseguir fazer o público rir é a maior satisfação da artista”, disse.

Tem hora

Na época, a artista tinha 50 anos de dedicação ao teatro há 50 anos, além de depois de diversas experiências em televisão e no cinema, mas recusava-se a abandonar a sua origem teatral. Porém, para Dercy o teatro só é bom quando o público assistia e, consequentemente, dava retorno financeiro.

Sobre os “palavrões”, Dercy comentou: “não adianta a gente ficar dizendo palavrão por dizer, este tipo de linguagem tem sua hora”, explicou.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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