Em reunião com representantes da Refinaria Riograndense, o prefeito de São Lourenço do Sul, Zelmute Marten (PT), apresentou as potencialidades do município como fornecedor de matéria-prima para abastecer a futura biorrefinaria. A produção de óleo de arroz, de caule e folhas do tabaco, e o sebo de carne de frigoríficos estão entre os principais resíduos provenientes da cadeia produtiva lourenciana, com perspectiva de utilização na refinaria.
Conforme Marten, o governo trabalha para integrar produtores do agronegócio e da agricultura familiar no fornecimento de insumos para a biorrefinaria antes do início das operações. Com a expressiva produção de arroz e tabaco na região, os produtos dessas cadeias despontam como os principais insumos com potencial para abastecer a usina em larga escala.
Os próximos passos para o desenvolvimento da produção de biomassa serão um estudo técnico sobre a real capacidade de geração desses resíduos no município. “Vamos trabalhar para que as questões científicas que vão aferir o potencial dessas matérias-primas sejam produzidas o mais rápido possível”, diz o prefeito.
Um dos objetivos é verificar a possibilidade de instalação de uma unidade de produção de óleo de arroz em São Lourenço do Sul.
Segundo o prefeito, a iniciativa de aproximar o setor produtivo local da biorrefinaria está alinhada aos objetivos do governo de promover o desenvolvimento econômico e a geração de oportunidades com base em práticas sustentáveis.
“Essa perspectiva de integração de produtores de São Lourenço no fornecimento de insumos para a biorrefinaria me anima demasiadamente, por eu ser um profissional que tem a compreensão de que o país precisa superar sua condição de exportador de commodities e passar a agregar valor às suas cadeias produtivas tradicionais”, afirma.
A Biorrefinaria
A Refinaria Riograndense será a primeira biorrefinaria do Brasil com produção de combustíveis a partir de óleo vegetal. A companhia, que também foi pioneira ao ser a primeira refinaria de petróleo do país, deixará de operar com combustíveis fósseis a partir de 2026.
A produção de biocombustível está prevista para começar até 2028. O planejamento inclui a produção de combustíveis avançados, como SAF (combustível sustentável de aviação), RD (diesel renovável) e Nafta Verde, além do desenvolvimento de combustíveis sintéticos entre 2030 e 2032, como e-SAF e e-Metanol.
