Pais e responsáveis por alunos da Escola Municipal Margarida Gastal realizaram, na manhã desta segunda-feira (3), uma manifestação em frente ao portão de acesso ao campus da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Capão do Leão. O grupo cobrou da prefeitura o início das obras de reforma da escola, que segundo eles estão paradas há quase dois anos.
A Margarida Gastal funciona dentro da área do campus da universidade e atende cerca de 250 estudantes do ensino fundamental. Desde 2023, as aulas ocorrem em um prédio cedido pela Embrapa, também dentro da área da UFPel, enquanto a sede passa por reforma. No entanto, a obra ainda não saiu do papel.
Segundo os pais, o prédio provisório apresenta condições precárias para os estudantes. “As crianças estão em um local insalubre, apertado, com salas pequenas, onde faz muito calor no verão. Isso está afetando o aprendizado”, afirma Manuela Larrondo, uma das mães e liderança do movimento.

Manuela Larrondo é uma das lideranças do movimento e concedeu entrevista à Rádio Pelotense. (Foto: Reprodução / Rádio Pelotense)
Ela relata que a comunidade escolar foi informada, no início da intervenção, de que o período de adaptação em um prédio temporário duraria seis meses, mas o prazo já se estende por dois anos. “Foram nos prometendo prazos e mais prazos, e nada acontece. Queremos saber se vão reformar ou não, porque as crianças estão regredindo”, diz Manuela.
Outra mãe, Mariana Bicca, destaca que o imóvel original destinado à escola também não oferece segurança aos alunos, devido à sua situação precária. “O assoalho está podre devido às goteiras e a fiação é exposta. Por isso uma reforma é urgente”, conta.
Durante o protesto, os manifestantes bloquearam parcialmente o trânsito para entrada e saída de veículos no arco de acesso ao campus universitário e à estação da Embrapa. O bloqueio durou cerca de 15 minutos, e serviu para chamar atenção da comunidade e das autoridades municipais. “Queremos causar impacto para que a nossa voz seja ouvida”, explica Manuela.
Além dos atos públicos, os pais afirmam que também já buscaram apoio do Ministério Público e da Câmara de Vereadores. “Fizemos denúncias, participamos de sessões e pedimos reunião com o prefeito, mas até agora não tivemos retorno”, relata uma das mães.
A aposentada Leodir Teresinha Martins, de 68 anos, diz que a comunidade tem um carinho especial pela educação, parte da trajetória escolar de grande parte dos moradores. “Estudei lá, minhas filhas e minhas netas também. É uma escola boa, de tradição. Ver ela assim, abandonada, é muito triste”, lamenta.
Projeto pronto até o fim do mês
Em nota, a prefeitura do Capão do Leão informa que o projeto da Escola Margarida Gastal está em andamento. Segundo o executivo, a empresa responsável solicitou um aditivo contratual para a elaboração do projeto da rede elétrica, etapa essencial para a conclusão do conjunto técnico. A previsão é de que o projeto seja finalizado até o final de novembro. Após essa etapa, será aberto o processo licitatório para execução da obra.
    
    
        
                                                                        
                                            
                                    
                                            
                                    
                                            
                                    
                                            
                                    
                                            
                                    
                                            
                                    
                                            
                                    
                                            
                                    
                                            
                                    
                                            
                                    