Se você já saiu na rua em algum momento de sua vida, certamente já se irritou com o trânsito. Não importa o papel que estivesse exercendo nessa dinâmica caótica, alguém já fez algo que te tirou do prumo. Como pedestre, não pararam na faixa de segurança ou já passaram por uma poça d’água e te molharam. Como motorista, passageiro ou ciclista, sem dúvidas já se deparou com alguém que anda rápido demais, devagar demais, troca de faixa sem dar sinal, dá fechadas ou buzina gratuitamente. E, certamente, mesmo se você for um monge budista extremamente zen, já sentiu ódio mortal desses indivíduos e xingou ou grudou a mão na buzina. Mas, e você, como se porta?
Dentro de uma lógica simplesmente matemática, para nos estressarmos com um babaca do trânsito, alguém precisa se propor a ser o babaca do trânsito. E é aí que entra a necessidade da reflexão individual. Por uma questão de ego ou até inocência, muitas vezes não notamos que nós mesmos somos as figuras que causam o caos. Aquela velocidade extra para compensar os cinco minutos a mais na cama, a paradinha no local proibido para ir buscar uma coisinha rapidinho ali, o atalho, o “só tomei um copo” ou a olhadinha no WhatsApp porque o celular vibrou e estava aguardando uma notificação muito importante. Não é por mal. Nunca é. Mas às vezes cometemos o errinho que causa um problemão.
É por isso que o Grupo A Hora inicia agora uma série de reportagens e campanhas de conscientização sobre o comportamento no trânsito da nossa região. As atitudes individuais podem diminuir o número de acidentes, de estresse e até de mortes. Se cada um se propuser a fazer o que é certo, dentro das regras e a partir de uma lógica de convívio coletivo, certamente colheremos os resultados através da melhoria das estatísticas e da própria mudança de sentimento em relação ao que o trânsito nos causa. E, sabemos bem, ele tira o pior de muitos, em muitas vezes. Isso pode mudar, e certamente irá, com o incentivo correto.
