Aprender com o passado

Editorial

Aprender com o passado

Aprender com o passado
(Foto: Jô Folha)

Uma série de boas notícias vem movimentando Rio Grande. Poucas vezes na história recente houve tanto otimismo quanto ao futuro da região. Entre a segunda ponte do canal São Gonçalo, a ponte para São José do Norte, os investimentos estruturais no porto, a construção de navios pela Ecovix, a tentativa de atração de grandes empresas – como a negociação em curso com a gigante chinesa BYD – fica claro que o município vive uma onda positiva talvez superior à “primeira onda” do Polo Naval. Mas justamente esse momento anterior coloca um asterisco, uma pulga atrás da orelha de todos que têm memória do passado recente. E é aí que está o grande desafio para a nova temporada.

A primeira onda teve diversos elementos, que levaram tanto à ascensão quanto à queda. É fato de que, naturalmente, esse temor exista. A solução é compreender os acertos e os erros do passado e, mais do que tudo, transformar a força da economia do mar em Rio Grande como um projeto de cidade, que supere gestões federais e independa de olhar político positivo ou negativo. Naturalmente, com governos que têm políticas voltadas ao fortalecimento da indústria naval as coisas tornam-se mais simples. Rio Grande tem força e capacidade de não depender apenas da boa vontade de Brasília para fazer valer sua força.

É fundamental, diante disso, diversificar as forças. Um caminho óbvio e gritante é a atração de empresas de outras frentes, em especial da logística, para variar as possibilidades de geração de empregos, de renda e diminuir os impactos de crises, que são sempre inevitáveis. Um argumento sólido e necessário é expor que em muitas vezes faz mais sentido empresas também passarem a produzir no município, diminuindo custos com transporte para outras áreas do Estado. Ali, se recebe o insumo, executa o serviço e exporta novamente.

Fato é que Rio Grande tem a faca e o queijo na mão para dar o ritmo do desenvolvimento da Zona Sul nas próximas décadas através da economia do mar. Esse momento também vai impactar todos os demais municípios da região. Aprender com os erros do passado e transformar o conhecimento em acerto do futuro é o caminho. Os traumas não podem, em hipótese alguma, travar isso.

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