“Para o primeiro festival recebemos quase mil obras inscritas. É um número fantástico”

ABRE ASPAS

“Para o primeiro festival recebemos quase mil obras inscritas. É um número fantástico”

Alexandre Mattos, Chico Maximila e Renata Wotter - Diretores e produtora de cinema

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“Para o primeiro festival recebemos quase mil obras inscritas. É um número fantástico”
Diretores e produtora organizam o evento(Foto: Divulgação)

A primeira edição do Festival de Cinema de Jaguarão nem começou e, de acordo com os organizadores, já é um sucesso. Com quase mil filmes inscritos, entre produções realizadas no Rio Grande do Sul, obras brasileiras e de países da América Latina, traz como tema “Um rio que nos une – diversidade e integração cultural”. De 12 a 15 de novembro, o Festival deseja fomentar ainda mais a cultura entre os dois países divididos pelo rio Jaguarão.

Os diretores artísticos Alexandre Mattos e Chico Maximila, e a produtora Renata Wotter, anunciaram na última semana os oito filmes selecionados para exibição na Mostra Regional. Os escolhidos dentre os mais de 880 inscritos para Mostra Latino-Americana serão divulgados no @festivaldecinemadejaguarao_.

O Festival de Cinema de Jaguarão acontece no Theatro Esperança. Inaugurado em 1897, foi palco de importantes apresentações de companhias nacionais e internacionais e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE).

Este ano o trio foi premiado na 22ª edição do Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema – Mostra Gaúcha de Curtas, realizada no Festival de Cinema de Gramado. Renata conquistou o prêmio de Melhor Produção/Produção Executiva pelo curta-metragem pelotense “O Jogo” com direção de Chico e Alexandre.

Por trabalharem com cinema, qual a importância dessa iniciativa em fazer um festival na região?
Alexandre Mattos – Primeiro porque Jaguarão é uma cidade histórica. Além disso, Chico e eu temos uma relação com a cidade porque o nosso filme ‘Fronteriços’ (realizado na fronteira do Brasil com o Uruguai, com foco na cultura regional do extremo sul do Brasil) foi produzido pela Sociedade Independente de Jaguarão. Quando a oportunidade surgiu, pensamos na cidade justamente para fazermos um festival binacional. Lançamos o desafio entre amigos, escrevemos o projeto e foi aprovado.

Como o festival foi dividido?
Alexandre Mattos – Serão duas mostras. Uma regional, só para os filmes produzidos no Rio Grande do Sul, e uma latino-americana. Ficamos muito felizes porque recebemos filmes de oito países e este é o primeiro festival.

A que atribuem como sendo o fator positivo para o número expressivo de inscrições?
Renata Wotter – Certamente a força do cinema, o momento que a arte está vivendo atualmente, em especial o cinema nacional. O número de inscritos no festival é um reflexo desse movimento. Estamos em um momento de muitas produções e os festivais estão aquecidos. Agora será a vez da nossa região viver esses dias intensos de muita cultura.

Dos oito filmes selecionados para a Mostra Regional, ‘Posso contar nos dedos’ da Victoria Kaminski, é o representante de Pelotas. Além de obras do Rio Grande do Sul, o que chamou a atenção nas inscrições?
Chico Maximila – Recebemos muitas obras de cidades do interior do Rio Grande do Sul, o que, ao meu ver, demonstra que incentivos como a Lei Paulo Gustavo, são essenciais para a arte. Recebemos inscrições de todos os estados do Brasil, inclusive de muitos municípios que não conhecia. O número de produções é fantástico. A primeira edição, antes de acontecer, já é um sucesso.

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