O Sanep celebra 60 anos de história neste sábado. Em um município cercado por mananciais, o trabalho desenvolvido pela autarquia, responsável pela gestão dos serviços de água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos, está diretamente ligado às rotinas diárias da população pelotense. Atualmente, mais de 800 servidores públicos atuam com a missão de aproximar o município da universalização do saneamento básico.
Universalizar o acesso à coleta e tratamento de esgoto, ampliar o índice de reciclagem e lidar com os fenômenos climáticos cada vez mais intensos estão entre os principais desafios da autarquia, aponta o diretor-presidente Ellemar Wojahn. “O Sanep tem um vínculo significativo com a cidade. É uma autarquia forte, estruturada, moldada pelo empenho e dedicação dos servidores públicos. Trabalhamos com planejamento estratégico de curto, médio e longo prazo, segmentado por área de atuação. Nosso foco é manter e ampliar a estrutura para atender a população com serviços de qualidade”, destaca.
O marco regulatório do saneamento básico estabelece metas de 99% de atendimento da população com abastecimento de água tratada e 90% de esgoto coletado e tratado até 2033. Pelotas já atingiu o índice de abastecimento de água e busca ampliar a cobertura de esgoto. Neste ano, após a entrada em operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Novo Mundo, o município elevou o índice de 22% para cerca de 40%. Com a construção das ETEs Engenho e Simões Lopes, projetos elaborados pela equipe técnica do Sanep e aprovados para financiamento pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a estimativa é alcançar entre 75% e 80% de tratamento. Os investimentos somam R$ 138,2 milhões, sendo R$ 125 milhões em financiamento e R$ 13,2 milhões de contrapartida do Sanep. Posteriormente, a meta é ampliar a capacidade de tratamento das ETEs Laranjal e Novo Mundo para atingir o índice nacional.
Além da coleta e tratamento de efluentes, a sustentabilidade passa pela gestão eficiente dos resíduos sólidos. Com 100% da cidade atendida pelos caminhões de coleta orgânica e seletiva, a meta atual é ampliar o índice de reciclagem. O vínculo com as nove cooperativas de reciclagem do município foi fortalecido em 2025: o valor máximo das bolsas e do custeio operacional repassado pelo Sanep passou de R$ 15 mil para R$ 30 mil mensais.
Segundo dados do Departamento de Resíduos Sólidos do Sanep, aproximadamente 3,8 mil toneladas de materiais foram recebidas pelas cooperativas em 2024. Até o fim de setembro, já haviam sido encaminhadas cerca de 2 mil toneladas. De acordo com Marroni, o objetivo é construir uma nova modelagem de gerenciamento dos resíduos e elevar o aproveitamento de recicláveis em Pelotas, hoje em torno de 12% do total passível de reaproveitamento.
