População de Pelotas passou a contar com bondes elétricos

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

População de Pelotas passou a contar com bondes elétricos

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Há 110 anos

Oficialmente, a comunidade pelotense passou a conviver com os bondes elétricos da Empresa concessionária Light and Power a partir de 20 de outubro de 1915. Menos de um ano antes, o município contava com transporte coletivo de tração animal.

Denominados pela imprensa por “transways”, os bondes elétricos simbolizaram progresso, mas também dividiram opiniões. Em outubro de 1915 o trajeto dos bondes elétricos ainda era curto, cerca de três mil metros, porém novas linhas estavam sendo implantadas. A inauguração ocorreu com uma cerimônia na frente do Paço Municipal, em frente à antiga praça da República, atual Coronel Pedro Osório, trecho por onde o bonde passava.

Por volta das 14h, quando chegou o primeiro carro elétrico. O veículo ostentava as bandeiras brasileira e inglesa, referência a empresa, além de flores artificiais. Seguiram-se mais três veículos, também enfeitados, que foram saudados com palmas e vivas. Abrindo o “desfile”, um engenheiro eletricista da Light atuou como motorneiro, que foi recepcionado pelo engenheiro fiscal do município, João Gabriel Ubatuba.

Discursos

Após essa parada em frente à prefeitura, o primeiro carro recebeu o secretário do município, Luis Penafiel, representante do Intendente, Luís Beltrão Barbosa, além de outros políticos e empresários, como: Joaquim Augusto de Assumpção Júnior, José Barbosa Gonçalves, Emílio Guilain, Francisco Coelho Borges, Antonio Mourgues, Mister Buxton, C. R. Mellor, Dr. Oscar Bastian Pinto, Coronel Pedro Luis da Rocha Osório e Francisco Nunes de Souza.

Também ocuparam os outros veículos grupos representantes dos clubes sociais e consulares, entre outros convidados. Entre os que discursaram estava o escritor João Simões Lopes Neto e o empresário Emílio Guilain, em nome da empresa concessionária dos bondes elétricos.

Funcionamento

Os bondes elétricos funcionam até as 23h e tinham a capacidade de carregar 32 passageiros sentados. No primeiro dia de funcionamento, foram feitas 114 viagens levando 3.794 passageiros.

As paradas eram feitas somente nas esquinas e o primeiro problema verificado foram as saídas e entradas. Não havia regulamentação e os passageiros entravam e saíam do veículo pelo mesmo lado causando confusão. Foi sugerido que a empresa adotasse o sistema de embarque por um lado e desembarque pelo outro, o que foi acatado.

Fontes: Nossa cidade era assim de Heloísa Assumpção Nascimento; Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 50 anos

(Foto: Reprodução)

Therezinha Rohrig canta e defende tese em Porto Alegre

A soprano Therezinha Rohrig foi a estrela de um recital promovido pelo Departamento de Assuntos Culturais da Secretaria do Estado e da Assembléia Legislativa. O evento ocorreu no dia 25 de outubro de 1975, no Salão Mourisco da Biblioteca Pública de Porto Alegre.

Naquela mesma semana, a artista pelotense defendeu tese, na qual buscava contribuir para o desenvolvimento das técnicas vocais, a partir da vivência artística internacional da cantora e professora. A comissão avaliadora não só aprovou como também sugeriu que o trabalho fosse transformado em um livro de técnica vocal.

Prêmios

Therezinha Rohrig morreu em 10 de outubro de 1991, aos 94 anos. Ao longo de sua trajetória atuou como professora da Universidade Federal de Pelotas. Foi vencedora de diferentes concursos nacionais de canto, a exemplo do Francisco Viñas (1963), em Barcelona, e de Canto de Orense, também na Espanha.

Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 95 anos

Estudantes saem às ruas para vibrar pela queda do presidente

(Foto: Reprodução)

Pelotenses vibravam com as notícias que vinham do centro do país, especialmente a rendição do, até então, presidente do país, Washington Luís. Seguindo as novas, mancheteadas pela imprensa, centenas de alunos das escolas Doutor Joaquim Assumpção, Dona Antonia, Ginásio Gonzaga, Colégio Cassiano do Nascimento e outros saíram para as ruas da cidade.

Os estudantes usavam boina preta, lenço vermelho e vestiam camiseta branca, cores da Revolução. A passeata foi recebida com festa pela população, que confraternizavam pela derrubada de Washington Luís e a vitória do movimento revolucionário.

Deposto

Em 24 de outubro de 1930, os ministros militares depõem Washington Luís, que é preso, sai do Palácio do Catete acompanhado do Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro Sebastião Leme e é conduzido ao Forte de Copacabana.

Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; wikipedia.org

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