Capes destaca contribuição da Pós em Epidemiologia da UFPel para a Agenda 2030

Desenvolvimento

Capes destaca contribuição da Pós em Epidemiologia da UFPel para a Agenda 2030

Publicação reconhece as instituições que transformam ciência em impacto social

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Atualizado sexta-feira,
24 de Outubro de 2025 às 14:39

Capes destaca contribuição da Pós em Epidemiologia da UFPel para a Agenda 2030
Trabalho da universidade reúne informações de mais de 120 países (Foto: Paulo Rossi)

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) foi destacada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na obra Impacto da Pós-Graduação Brasileira na Agenda 2030, publicação que mostra como os programas de pós-graduação do país contribuem para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Lançado em outubro de 2025 como contribuição do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) à COP30 – 30ª Conferência das Partes, o livro reúne experiências que conectam produção científica, formação de pesquisadores e impacto social. No campo da saúde, a CAPES cita o Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia e o Centro Internacional de Equidade em Saúde (International Center for Equity in Health– ICEH), da UFPel, como exemplos de iniciativas de alcance global e relevância social.

O capítulo dedicado às Ciências da Vida destaca o ICEH por sua contribuição à promoção dos ODS 1 (erradicação da pobreza), 3 (saúde e bem-estar), 5 (igualdade de gênero), 10 (redução das desigualdades) e 17 (parcerias para os objetivos), além do ODS complementar 18, voltado à igualdade étnico-racial.

A Capes reconhece a “tripla missão” do Centro: manter um megabanco global de indicadores de saúde, formar especialistas em saúde global e produzir conhecimento aplicado ao monitoramento de desigualdades. O texto ressalta ainda a cooperação internacional da equipe com instituições como Unicef, OMS e a iniciativa Countdown to 2030, que utiliza dados do ICEH para embasar políticas de saúde materno-infantil em mais de 120 países.

“Nosso trabalho parte da convicção de que dados de qualidade são uma ferramenta de justiça social”, afirma Fernando Wehrmeister, docente do PPG em Epidemiologia e um dos autores do capítulo que integra a obra. “A ciência tem o poder de revelar onde estão as desigualdades e de indicar caminhos concretos para reduzi-las. É essa ponte entre evidência e ação que buscamos construir no ICEH.”

Dados que movem políticas

O banco de dados do ICEH reúne informações de mais de 120 países e cerca de 500 inquéritos populacionais, compondo uma das maiores bases comparativas do mundo sobre equidade em saúde. Essa infraestrutura analítica sustenta publicações científicas e relatórios utilizados por governos e organismos internacionais no planejamento de políticas públicas.

A Epidemio tem uma trajetória de quatro décadas de pesquisas com foco em nutrição e saúde reprodutiva, materno-infantil, neonatal e do adolescente e o impacto das desigualdades em saúde com base em evidências científicas aplicadas ao planejamento de políticas e ao fortalecimento da equidade como eixo estruturante das ações em saúde pública.

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