CTMR chega a meio século de trabalho como uma das melhores empresas do país

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

CTMR chega a meio século de trabalho como uma das melhores empresas do país

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Há 55 anos

A extinta CTMR chegava no último trimestre de 1970 em meio às celebrações dos 50 anos de efetivo funcionamento. A Companhia Telefônica Melhoramento e Resistência foi criada em 1919, porém a operação foi iniciada em 1920.

Em 1970, era dirigida por Procópio Duval de Freitas e Manoel Rodrigues Gomes, que destacavam os nomes dos pelotenses Antonio Tonca Duarte e Feliciano Xavier, os primeiros diretores da empresa.
O rápido desenvolvimento da Companhia e os bons serviços prestados tornaram a empresa pelotense uma das mais bem avaliadas do país. “Telefonistas diligentes e dedicadas estão sempre atentas ao melhor servir”, comentou o jornalista Miguel Tarnac da Rocha, na revista Pelotas Destaques 70.

Crescente necessidade

A criação da CTMR teve como objetivo resistir às pressões do capital estrangeiro, e melhorar, concomitantemente, os serviços, em virtude da crescente necessidade de rapidez nas comunicações regionais e nacionais, para o andamento e efetivação dos inúmeros negócios que movimentavam a economia da cidade. Nos seus primeiros anos de funcionamento, a empresa era assessorada por companhias estrangeiras que forneciam o suporte e aparelhamento para a implantação das centrais e expandir a rede telefônica em um projeto que incluía não só Pelotas, mas também as cidades vizinhas.
Em 1999, após oitenta anos de funcionamento, a CTMR foi adquirida pela Telecon Italia e pelo Banco Opportunity (mais adiante, o grupo que comprou a CTMR passou a chamar-se Brasil Telecom e, posteriormente, Oi).

Fonte: Museu das Telecomunicaçãoes (site Acervos Virtuais da UFPel)

Há 95 anos

Empresas União Fabril e Leal Santos fazem doações para as tropas revolucionárias

Indústria têxtil foi criada no século 19 (Foto: Reprodução)

Empenhadas em contribuir com os revolucionários de 1930, capitaneados pelo governador do Estado, Getúlio Vargas, empresas rio-grandinas enviavam suprimentos para as tropas gaúchas. A Companhia União Fabril, por exemplo, enviou para Porto Alegre 200 cobertores de lã. O destino do material era chegar até as tropas militares. Por sua vez, a Leal Santos doou 100 caixas de conservas.

Na história

A Companhia União Fabril foi fundada em julho de 1873, mas começou suas atividades no ano de 1874. Esta fábrica de tecelagem marca o início da industrialização na cidade do Rio Grande.
Idealizada por Carlos Rheingantz, brasileiro e filho de alemães, juntamente com o alemão Herman Vater. Além da planta industrial, a empresa foi responsável pela construção de diferentes residências, partir de 1885, para abrigar parte dos funcionários. Parte do conjunto arquitetônico sobreviveu ao tempo e hoje constituiu uma das atrações do Caminho Fabril, um roteiro turístico que propõe a compreensão e o reconhecimento das histórias e memórias do patrimônio industrial rio-grandino.

De biscoitos a pescado

A fundação da Leal Santos ocorreu no dia 20 de outubro de 1889, onde se iniciou o processo de implantação e construção da empresa. A empresa iniciou a fabricação do produto denominado por “biscoutos” (biscoitos) Leal Santos em 1906.

No final da década de 20 passou a se dedicar à litografia em folhas de flandres, bem como da produção de latas, cápsulas para garrafas e pregos. Em Pelotas foi instalada uma filial com o objetivo de aumentar a produção de conservas de frutas e legumes. Também foram fabricados por algum tempo chocolates no Rio de Janeiro e conservas de carne em Pelotas.

No ano de 1947, se iniciou a formação da frota pesqueira própria. Neste ano, se iniciaram as operações, gerando como resultado os primeiros barcos riograndinos a se dedicarem à pesca de alto mar no sul do Brasil.

No início da década de 70, se iniciou a construção da unidade de beneficiamento de pescado e produtos de pescado Indústrias Alimentícias Leal Santos LTDA, na Quarta Secção da Barra, Distrito Industrial, Rio Grande. Posteriormente, a empresa passou a produzir enlatados de peixes, especialmente sardinha e atum, para consumo interno e exportação.

Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; site lealsantos.com.br; https://caferiogrande.blogspot.com/

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