Rua da Ciência transforma campus em museu a céu aberto

Iniciativa

Rua da Ciência transforma campus em museu a céu aberto

Evento integra a 11ª Semana Integrada de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPel

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Atualizado quarta-feira,
22 de Outubro de 2025 às 18:45

Rua da Ciência transforma campus em museu a céu aberto
(Foto: Jô Folha)

De solos, grãos e fenômenos climáticos a jogos eletrônicos, força corporal e até um bicho-pau de estimação chamado Isa. Assim tem sido a primeira edição da Rua da Ciência, uma das novidades da 11ª Semana Integrada de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (Siiepe) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O espaço, montado no Campus Anglo, transformou-se em um verdadeiro museu de ciência a céu aberto, reunindo 37 estandes de programas de pós-graduação e atraindo estudantes da rede pública de ensino de Pelotas.

Até sexta-feira (24), dezenas de alunos devem visitar a estrutura, que soma 800 metros quadrados e convida o público a interagir com o conhecimento produzido dentro da instituição, e vai além: experimentar. A iniciativa é uma parceria entre a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), a Secretaria Municipal de Educação e a Coordenadoria Regional de Educação, que organizaram visitas agendadas de escolas ao longo da semana. Quem passou pelo local, foi convidado a participar de jogos de adivinhações, experimentos com produtos caseiros, plantar mudas e sentir de perto o caminho do conhecimento.

Segundo o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Marcos Britto Corrêa, a Rua da Ciência simboliza um movimento de aproximação essencial entre a academia e a comunidade. “A ideia é fazer um grande museu de ciência a céu aberto, para que a população possa participar e interagir com o que é produzido aqui. É também uma oportunidade de o estudante de pós-graduação aprender a comunicar sua pesquisa de forma acessível, traduzindo o conhecimento científico para o público em geral”, destaca.

A proposta, explica o organizador Lukas dos Santos Boeira, pós-doutorando da PRPPG, nasceu do desejo de levar os programas de pós-graduação para mais perto das escolas. “Queremos que as crianças e os jovens conheçam o que é feito na Universidade. Às vezes, as políticas públicas se voltam apenas ao ensino médio, mas aqui estamos abrindo as portas desde o ensino fundamental, inclusive para pré-escolares. Muitos alunos voltam depois com os pais, encantados com o que viram”, comenta.

Sucesso de Isa

Entre os estandes, há atividades de todas as áreas do conhecimento, das ciências agrárias e biológicas às humanas e sociais. Um dos destaques é o espaço do Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade, que apresenta a simpática Isa, um bicho-pau que virou mascote da feira.

“A Isa representa a entomologia, o estudo dos insetos, e nos ajuda a conscientizar o público sobre a importância desses animais. Ela é um inseto benéfico, que não é praga e nem oferece risco. Trazemos essa mensagem de educação ambiental e de respeito à biodiversidade”, explica Liliane Natigal Martins, pós-doutoranda da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel.

Para a professora Márcia Lupe, da Escola Municipal Bibiano de Almeida, a experiência é valiosa para despertar o interesse dos alunos. “Ter a Universidade próxima da escola pública é muito importante. Eles se identificam com os estudantes da UFPel, se imaginam ali no futuro. Isso ajuda a combater a evasão escolar e mostra que é possível chegar à universidade”, avalia.

As alunas que visitavam o evento também demonstraram entusiasmo. “Foi muito divertido, principalmente as atividades em que a gente não sabia o que ia encontrar. A gente aprende brincando”, contou uma das estudantes. Em cada expressão de espanto, ficou nítido que a vontade foi de aprender mais.

O bicho-pau chamado Isa é uma das atrações do evento. (Foto: Cíntia Piegas)

Sobre o Siiepe

Considerado o maior evento científico da UFPel, o SIIEPE reúne seis congressos simultâneos: o de Inovação Tecnológica (CIT), Ensino de Graduação (CEG), Extensão e Cultura (CEC), Iniciação Científica (CIC) e o Encontro de Pós-Graduação (Enpos). Com o tema “UFPel Afirmativa: Ciência, Direitos Sociais e Justiça Ambiental”, a Semana reforça o compromisso da instituição com a produção de conhecimento voltada à transformação social. A expectativa dos organizadores é de que a Rua da Ciência entre definitivamente para o calendário da Universidade.

“O projeto já nasceu dando certo. A energia é muito boa, o público está participando e temos certeza de que em 2026 a Rua da Ciência voltará ainda mais forte”, conclui o pró-reitor Marcos Corrêa.

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