Aproximação do verão traz alerta da Vigilância em Saúde

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Aproximação do verão traz alerta da Vigilância em Saúde

Diretor do CEVS, Marcelo Vallandro, destaca investimentos recentes e preocupações para os próximos meses

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Aproximação do verão traz alerta da Vigilância em Saúde
Casos de dengue são motivos de atenção (Foto: Jô Folha)

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) completou 20 anos de atuação e hoje é referência no combate e prevenção de doenças em todo o Estado. Na região, a preocupação é com os casos de meningite e o potencial aumento de registros do mosquito da dengue com a chegada do verão.

O diretor-adjunto do órgão, Marcelo Vallandro, destaca os investimentos recentes em tecnologias e infraestrutura. Entre eles, a implementação, em apenas duas semanas, de uma técnica para detecção do metanol no solo gaúcho, após registros de intoxicação em bebidas adulteradas em todo o país. Até o momento, 47 casos de intoxicação foram confirmados, mas nenhum no Rio Grande do Sul.

O Estado tem 18 coordenadorias regionais de saúde, cada uma com os seus próprios desafios e características. Na 3° CRS, que abrange Pelotas e região, o CEVS atuou no surto de meningite registrado no início deste mês, oferecendo suporte no rastreamento de casos e reforçando a vacinação da Meningo ACWY, imunizante contra a meningite meningocócica.

Escorpiões preocupam

Além do alerta para a meningite, a vigilância também tem se preocupado com o aumento de registro de escorpiões no Estado. Aqui na 3° CRS, já são contabilizados 29 ocorrências, sendo seis em Pelotas, dez em Pinheiro Machado, quatro em Santana da Boa Vista, além de casos registrados em Arroio Grande, Canguçu e São Lourenço do Sul. “Essa é uma vigilância recente, mas estamos evoluindo cada vez mais. Este ano, fizemos já duas grandes capacitações no estado para ampliar a vigilância nas regiões, entendendo também mais a biologia do animal” ressalta Marcelo.

Dengue em queda, mas ainda em alerta

Os números de casos da dengue mostram redução neste ano, mas a atenção ainda continua. Em 2024, foram registrados 1.944 notificações, 1.187 casos descartados, 757 casos confirmados e um óbito. Neste ano, até o momento, foram registrados 739 notificações, 632 casos descartados, 83 confirmações e nenhum óbito.

Por mais que a queda seja significativa, o cenário ainda preocupa, principalmente com a chegada do verão, período esse que aumenta os casos da doença. Vallandro alerta que a estiagem prevista para os próximos meses pode agravar o risco, já que o armazenamento de água em recipientes abertos favorece a reprodução do mosquito Aedes Aegypti. “Muitas vezes, a questão da preservação de água, por conta da estiagem, nos gera um problema da proliferação vetorial. Se eu não tiver o vetor, menos vamos ter. Por isso, estamos nos preparando para o aumento de casos agora no verão”, destaca.

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