Mês de outubro marca a vida e morte do coronel Massot, patrono da Brigada Militar gaúcha

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Mês de outubro marca a vida e morte do coronel Massot, patrono da Brigada Militar gaúcha

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Atualizado segunda-feira,
20 de Outubro de 2025 às 11:31

Há 100 anos

O outubro marcou a trajetória de Affonso Emílio Massot, o coronel Massot, patrono da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. O gaúcho nasceu no dia 16 do décimo mês do ano de 1865 e morreu em 21 de 1925, em Porto Alegre, centenário que será lembrado nesta terça-feira (21). Natural de Pelotas, o professor de francês e geografia trocou a sala de aula pelo campo de batalha, após ingressar em 1892 na recém-criada Brigada Militar, entidade que combateu a Revolução Federalista (1893-1895).

Filho de pai francês e professor, Massot – que lecionava francês e geografia no Colégio Evolução, que ele mesmo fundou – ingressou na Milícia gaúcha como capitão comandante do 1º Batalhão de Infantaria da Reserva, após a extinção da Guarda Cívica.

Seu batismo de fogo ocorreu em fevereiro de 1893 no Combate do Salsinho, contra as tropas de Gumercindo Saraiva. Massot atuou em diversas frentes, incluindo Upamaroti, Arroio Piraí e Serrilhada. Em novembro, foi promovido a major e efetivado no comando do 2º Batalhão da Reserva, participando em seguida da resistência no Sítio de Bagé, onde foi ferido no peito. Sua atuação lhe rendeu, por decreto de Floriano Peixoto, as honras de Tenente-Coronel do Exército.

(Foto: Reprodução)

Guerra e paz

Em 1894, recuperado, Massot retornou à ação para impedir a invasão de Rio Grande. Em 1895, ainda na ativa, enfrentou as forças de Aparício Saraiva e General José Maria Guerreiro Vitória até o último combate em Dom Pedrito, pouco antes da assinatura do acordo de paz em Pelotas.

A 23 de abril de 1895, o tenente-coronel Massot assumiu o Comando do 2° Batalhão de Infantaria, da ativa, da Brigada Militar, seguindo para a cidade de Rio Grande e depois para Porto Alegre, onde aquartelou.

Além da carreira militar e acadêmica, Massot foi um notável tribuno e Venerável Mestre da Loja Maçônica Rio Branco. Casado com Maria Eduarda de Alencastro, foi pai de cinco filhos, incluindo a escritora Eleonora e Maria Regina, que se casou com o Ministro Gustavo Capanema.

Homenagens

Em 20 de outubro de 1953, recebeu o título de Patrono da Brigada Militar. Nos 155 anos da corporação, foi inaugurado um busto de Massot em Pelotas, com 155cm de altura.

Homenagem na capital

A Brigada Militar realizou, na última quinta-feira, uma homenagem aos 160 anos de nascimento do Coronel Emílio Afonso Massot. O Comando-Geral da Brigada Militar e a Legião Altiva participaram da solenidade, entre outras autoridades militares e civis. Além das honras militares, duas suntuosas coroas de flores ornamentaram o jazigo.

Há 50 anos

14ª Semana Jurídica mobiliza acadêmico de Direito da UFPel

A Sala do Júri do Foro de Pelotas esteve lotada durante uma manhã inteira. Porém, nenhum criminoso estava sendo julgado, o grande número de pessoas participava de um simulado, organizado pelo Diretório Acadêmico Ferreira Vianna, da Faculdade de Direito da Universidade Federal.

A atividade acadêmica integrou a programação da 14ª Semana Jurídica, durante o terceiro dia do evento. O evento ocorreu entre os dias 13 e 17 de outubro de 1975. À noite, no auditório da Faculdade, também lotado, o promotor e professor de Direito Penal da Faculdade, doutor Alberto Rufino Rodrigues Rosa de Souza, discorreu sobre Desenvolvimento e Direito.

Convidados

No primeiro dia da Semana Jurídica, o convidado foi o juiz portoalegrense doutor Marco Aurélio Oliveira. O jurista palestrou sobre Aplicação da Pena aos Criminosos Habituais e por Tendência no Novo Código Penal Brasileiro.

A Semana Jurídica contou com a presença do juiz do Trabalho, doutor João Luiz Toralles Leite, que abordou o sindicalismo, e o professor Mendonça Lima falou aos alunos sobre Generalidades do Processo Civil.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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