Escola de Ballet Antonia Caringi de Aquino marca a história da dança gaúcha com O Guarany

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Escola de Ballet Antonia Caringi de Aquino marca a história da dança gaúcha com O Guarany

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Há 35 anos

Um projeto arrojado marcou a história do balé no Rio Grande do Sul: a montagem de O Guarany, com uma coreografia original interpretada pelas maiores estrelas da dança brasileira, nos palcos gaúchos. A ousadia foi a bailarina, professora e empreendedora Antonia Caringi de Aquino, que, em 1990, trouxe para o Estado Ana Botafogo e Paulo Rodrigues, os primeiros bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, nos papéis principais, Ceci e Peri, unidos ao corpo de baile da escola da própria coreografa.

O Guarany – ballet completo estreou no dia 15 de outubro em Porto Alegre, no Teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), onde teve uma segunda apresentação no dia 16. A regência era do maestro Túlio Belardi. “Ele adorou a ideia de poder unir o canto e a dança”, comenta a professora.

Em Pelotas a montagem ocorreu no palco do Theatro Guarany, homenageando a passagem dos 70 anos da casa. A exibição ocorreu no dia 19, tornando-se um marco pessoal da professora e da própria Escola de Ballet Antonia Caringi de Aquino. Na plateia estava o então ministro da Educação, Carlos Alberto Gomes Chiarelli. A noite memorável foi eternizada com a inauguração de uma placa de bronze no Theatro.

Nove meses

O espetáculo levou nove meses para ficar pronto. “Concepção, direção, roteiro e figurinos têm a minha assinatura. Foi um filho que nasceu praticamente”, relembra Antonia. A coreografia foi de Emilio Martins, do Rio de Janeiro, com a parceria de Margareth Traversi, também assistente de direção.

A direção artística era de Mariza Hallal dos Santos e a cenografia de Eribaldo Ramos. O balé ainda contou com os bailarinos Fernando Palau, Marcelo Gonçalves. Participações especiais: Rute Ferreira Gleber, Gilberto Strauch, Irene Anillo, Margareth Michel e Salma Costa.

Com Ana Botafogo

Essa foi a primeira vez que a estrela Ana Botafogo se apresentou em uma produção da Escola de Ballet. A carioca voltou para Sissi  – A imperatriz, em 27 de abril de 1995.

Esses momentos foram registrados na obra Ana Botafogo – Palco e vida, escrito pelo pai da bailarina, o médico Ernani Ernesto Fonseca. Em Pelotas, além de O Guarany, foi incluído o clássico segundo ato do Lago dos Cisnes. “Mais uma oportunidade para Ana Botafogo brilhar com todo o alcance de sua técnica límpida e a Escola mostrar o preparo que possui”, relembra Fonseca no livro, ao reproduzir uma crítica.

Antonia com Paulo Rodrigues. (Foto: Arquivo pessoal)

Quase 30 anos

Antonia Caringi de Aquino começou a dar aulas no Colégio São José em 1969. O trabalho com o balé durou até 1997.

Fontes: A trajetória artística em dança de Antonia Caringi na cidade de Pelotas, de Antonella Caringi Aquino; O palco como desejo: A trajetória de Antônia Caringi de Aquino como centro do espetáculo, de Mariana Rockemback da Silva.

Há 50 anos

Associação Comercial promove encontro regional em Pelotas

Pelotas sediou o 5º Encontro Regional de Associações Comerciais do Rio Grande do Sul, evento promovido pela Associação Comercial de Pelotas, integrando 12 entidades do setor. Entre as autoridades, participaram do evento o diretor da 7ª Região do Banco do Brasil, Daniel Faraco, e o presidente da Federação das Associações Comerciais, Ênio Aveline.

Vieram a Pelotas representantes comerciais de cidades como Rio Grande, Tapes, Viamão, Guaíba, Camaquã, Pinheiro Machado, Arroio Grande, São Lourenço do Sul, Canguçu, Jaguarão e Santa Vitória do Palmar. Faraco, que esteve no município pela primeira vez, depois de ter assumido o cargo, foi quem fez a palestra de encerramento, que falou para diretores de entidades como Centro das Indústrias, associações rurais, clubes de diretores lojistas, sindicato da Indústria de Conservas e das Indústrias do Arroz. O evento foi finalizado com um jantar de confraternização no Tourist Parque Hotel.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 210 anos

Rua Gonçalves Chaves foi chamada de Jataí

Uma das artérias mais antigas do município, a rua Gonçalves Chaves, integrava o planejamento original de 1815. Inicialmente, seu traçado era dominado por chácaras e poucas moradias, com os limites dos terrenos marcados por cercas vivas.

Os terrenos dessa via eram notavelmente extensos, alcançando a atual rua Almirante Barroso (antiga rua das Fontes). É importante ressaltar que a rua Santa Cruz (então Rua do Cerro Largo, de 1835) ainda não existia.

A trajetória nominal da rua reflete momentos importantes da história brasileira. Em 1866, a via foi rebatizada como Rua Jataí, uma homenagem à Batalha de Jataí, ocorrida em 17 de agosto de 1865, durante a Guerra do Paraguai.

O nome definitivo, Gonçalves Chaves, foi adotado em 1883. A mudança foi uma forma de reconhecimento ao influente charqueador e comerciante Antônio José Gonçalves Chaves Filho (1813-1871), que nela construiu seu sobrado, ainda existente na esquina com a Voluntários da Pátria.

Fonte: Cadernos do IHGPel – As primitivas ruas de Pelotas, de Coronel Alberto Rosa Rodrigues

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