Você quer viver bastante?

Editorial

Você quer viver bastante?

Você quer viver bastante?
(Foto: Jô Folha)

É uma pergunta bem simples, essa do título. Em geral, o ser humano valoriza bastante a própria longevidade. Quer viver bastante, ter uma vida longa e feliz e alcançar uma velhice plena, de realizações, com talvez viagens ou aquele sítio sonhado, às vezes uma casa na praia ou um lugar com os netinhos na volta. Mas, na prática, o que é feito para isso? Neste sábado, duas datas jogam luz sobre o tema: é o Dia D de mobilização nacional pela vacinação e é o Dia do Médico.

A resposta para a pergunta acima parte de um ponto inicial básico, cuidando da saúde. Em tempos de sintomas jogados no ChatGPT para obter um diagnóstico e de pesquisa no Google para saber qual remédio tomar para aquela dor, é fundamental lembrar que a figura do profissional da saúde nunca foi tão importante. É através do vínculo, do olhar, do toque, da leitura de situação, que um diagnóstico decente é feito. Não tem cabimento abrir mão desse movimento. E cabe também ao profissional fazer todo o esforço para manter esse vínculo e conexão.

Hoje também é o Dia D da mobilização pela vacinação e a data joga luz ao comportamento coletivo que envolve isso. Em Pelotas, o foco será na meningite. Doença que já deveria estar superada mas, mesmo assim, segue viva no nosso cotidiano justamente pelos baixos índices de vacinação. Mesmo problema que as síndromes gripais trazem: já são mais de uma centena de óbitos por gripe e Covid-19 neste ano na Zona Sul, em sua grande maioria de pessoas não imunizadas. As metas não são alcançadas há anos e isso, além de prejudicar o próprio indivíduo, leva riscos às outras pessoas.

Dentro disso tudo, é fundamental reforçarmos o papel individual e coletivo no comportamento da saúde. Ao mesmo tempo que queremos viver bem, ser saudáveis e alcançar uma velhice plena, também falhamos em comportamentos que nos levem a isso. Por tudo isso, é fundamental perceber o papel do médico, o papel da imunização e o papel da medicina por nossa longevidade. Se hoje podemos mirar o centenário, é muito graças a eles. As escolhas individuais por vezes até fazem sentido, mas escolher morrer como um medieval é algo, no mínimo, questionável.

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