Morre o jurista e professor pelotense Mozart Victor Russomano

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Morre o jurista e professor pelotense Mozart Victor Russomano

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Atualizado sexta-feira,
17 de Outubro de 2025 às 15:03

Há 15 anos

O jurista e professor Mozart Victor Russomano, aos 88 anos, morreu às 17h30min do dia 17 de outubro de 2010, na Santa Casa de Misericórdia de Pelotas. Russomano foi um ilustre pelotense distinguido por homenagens e condecorações não apenas no Brasil, mas também em diferentes países.

O velório ocorreu no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Católica de Pelotas (UCPel). O sobrado onde funciona a Reitoria, pertenceu até meados do século 20 ao engenheiro Arthur Antunes Maciel, avô da esposa de Mozart, Gilda Russomano, na época já falecida. O sepultamento ocorreu na tarde do dia 18, no Cemitério São Francisco de Paula.

Nascido a 5 de julho de 1922, Mozart Russomano era professor catedrático (jubilado) de Direito do Trabalho e Seguridade Social, da Faculdade de Direito da Universidade Federal do RS, depois integrada à Universidade Federal de Pelotas (UFPel), instituição da qual recebeu todos os títulos possíveis, inclusive o Grande Colar da UFPel. Detinha o título de Doutor Honoris Causa de universidades como UCPel, PUC-RS, Universidade de Bordeaux-1 (França); Universidade de San Martin de Porres (Lima-Peru) e Universidade Central do Leste (República Dominicana).

Honoris causa

Foi diretor do Instituto de Sociologia e Política, no período de 1958 a 1965, ao tempo que a unidade ainda era ligada à UFRGS; presidente e presidente honoris causado Instituto Latino-Americano de Direito do Trabalho e da Seguridade Social (1971-1975); presidente e presidente honorário da Academia Ibero-Americana de Direito do Trabalho e da Seguridade Social (1975/1978). O pelotense foi Ministro Vitalício (1969/984) e presidente (1972/1974) do Tribunal Superior do Trabalho e Corregedor geral da Justiça do Trabalho (1975/1977), em Brasília. Sua atividade judiciária no exterior inclui a presidência, como fundador, do Tribunal Administrativo da Organização dos Estados Americanos, de 1971 a 1975, em Washington nos Estados Unidos.

Fonte: UFPel

Há 95 anos

Medicamentos saem de Pelotas para auxiliar os revolucionários no norte do Estado

Em função dos combates realizados durante a Revolução de 1930, o Instituto de Higiene de Pelotas precisou intensificar a produção de vacinas, soros e medicamentos. Um estoque desses materiais tinha sido enviado para Porto Alegre, com o objetivo de chegar aos núcleos de saúde dos batalhões de revolucionários, que viajaram para o norte do Estado.

Entre os ítens enviados pelo Instituto de Higiene estavam 6,6 mil doses de vacinas “anti-typhica”, o nome se refere às primeiras versões da vacina contra a febre tifóide, uma doença grave causada pela bactéria Salmonella typhi. Além de 230 ampolas de óleo canforado, 200 de cafeína e de ergotina e 20 litros de soro fisiológico.

Mário Meneghetti era o diretor do Instituto de Higiene (Foto: Reprodução)

Além destes medicamentos, o 9º R. I tinha levado em sua bagagem vários produtos do Instituto. Em Porto Alegre ainda era aguardada uma remessa das primeiras ampolas de soro antitetânico preparado em Pelotas. “Cumpre salientar que o soro antitetânico preparado no Instituto de Higiene foi concentrado e que é esta a primeira concentração de soro feita no Estado do Rio Grande do Sul. Podemos, pois, ver que o nosso Instituto de Higiene tem-se sabido manter digno de seu nome e até está fazendo produtos que até então nunca tinham sido preparados”, registrou a imprensa local. Na época a entidade era dirigida por Mário David Meneghetti.

Irmão de Ildo Meneghetti

O médico porto-alegrense Mário David Meneghetti (1905 -1969) era irmão do político Ildo Meneghetti, governador do Estado na década de 1960. Inicialmente trabalhou na Viação Férrea Rio-Grandense e foi em seguida nomeado para o Departamento Estadual de Saúde, em Pelotas.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; wikipedia

 

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