Todos os projetos encaminhados pela prefeitura de Pelotas para serem executados via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), categoria Mobilidade Urbana, foram contemplados pelo Ministério das Cidades. Na segunda-feira, a pasta confirmou que as propostas para o Caminho do Ônibus e para a construção de um viaduto no cruzamento das avenidas Fernando Osório, com 25 de Julho e Salgado Filho, no bairro Três Vendas foram pré-selecionados no âmbito do programa.
Semana passada já havia sido validado o projeto de requalificação e ampliação da capacidade de tráfego das avenidas Theodoro Müller, na Guabiroba, bairro Fragata (zona oeste), e Manoel Antônio Peres, conhecida como Corredor do Obelisco, bairro Areal (zona leste).
A condição de pré-seleção dos projetos já configura garantia de aprovação para serem executados. Antes, porém, serão encaminhados para a Caixa Econômica Federal, o agente financiador do PAC, para apreciação e liberação dos recursos. Juntos, os três somam R$ 144.781.191,83, sendo R$ 54.648.172,70 (Theodoro Muller e Corredor do Obelisco – avenida Manoel Antônio Peres); R$ 54.816.298,30 (Caminho do Ônibus); e R$ 35.316.720,83 (viaduto da avenida Fernando Osório). Os três estudos foram realizados pelo corpo de engenheiros e arquitetos da prefeitura, lotado na Secretaria de Urbanismo (Seurb), com apoio da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).
“Tudo se encaminha, cada vez mais, para nos consolidarmos como a Cidade do PAC no Rio Grande do Sul, só agora, na categoria Mobilidade, vamos receber investimentos milionários que também terão impactos importantíssimos na economia do município, gerando emprego, renda e aquecendo o mercado da construção civil na cidade, e ressalte-se ainda a excelência dos nossos projetos, desenvolvidos unicamente pelo corpo técnico da Prefeitura”, afirma o prefeito Fernando Marroni (PT).
Viaduto
A proposta do viaduto em dois níveis no cruzamento das avenidas Fernando Osório, 25 de Julho e Salgado Filho visa garantir fluidez e resolver um gargalo viário histórico. Inclui pavimentação, sinalização, ciclovia, iluminação e paisagismo, promovendo maior segurança e eficácia a usuários do transporte coletivo, ciclistas e pedestres.
De acordo com o secretário de Urbanismo, Otávio Peres, o projeto foi idealizado para reduzir congestionamentos em horários de pico em até 40%, o que representa uma economia de tempo em torno de 30 minutos. A estrutura vai contar com 174 metros de comprimento, 14 metros de largura e quatro faixas.
Caminho do Ônibus
O projeto encaminhado pelo Ministério das Cidades à Caixa dispõe de oito intervenções viárias em 32 ruas e avenidas que perfazem 12,5 quilômetros, abrangendo Fragata, Sítio Floresta, Santa Terezinha, Pestano, Areal Fundos, Barro Duro, Valverde e Navegantes. O principal objetivo é promover melhorias na mobilidade para populações periféricas, com a qualificação da malha viária para o transporte coletivo e pedestres. Inclui investimento em drenagem, pavimentação, sinalização horizontal e vertical, abrigos de paradas de ônibus e calçadas acessíveis. Atualmente, em Pelotas, 25% dos 335 quilômetros de vias utilizadas pelo transporte coletivo são em pedra irregular, anti-pó e sem pavimentação.
Theodoro Muller e Corredor do Obelisco
O empreendimento tem como foco a requalificação do deslocamento dos sentidos leste e oeste, buscando um avanço na estruturação interbairros. Na avenida Theodoro Müller, a proposta contempla 1,8 mil metros de extensão, entre as avenidas Presidente João Goulart e Pinheiro Machado. No projeto constam intervenções como alargamento da pista, faixas exclusivas para transporte público e ciclovia, com direito à sinalização completa, como semáforos, iluminação, videomonitoramento eletrônico, drenagem com conceito de infraestrutura verde, revitalização de canteiros com gramados e árvores, além da instalação de bancos, academia ao ar livre e playground.
No Corredor do Obelisco (avenida Manoel Antônio Peres), entre as avenidas Domingos de Almeida e Ildefonso Simões Lopes, numa extensão de 2,9 mil metros, o projeto aponta para duplicação da via, alargamento da pista, faixas exclusivas para transporte público e ciclofaixa, incluindo a implantação de rede de esgoto, rede de drenagem pluvial, reforço do pavimento, pavimentação em asfalto, sinalização e revitalização de canteiros.