Promotor reafirma busca por ressarcimento ao Brasil após denúncia envolvendo ex-dirigentes

Operação Marcola

Promotor reafirma busca por ressarcimento ao Brasil após denúncia envolvendo ex-dirigentes

Rogério Caldas revela que cerca de R$ 160 mil já estão bloqueados das contas dos investigados

Por

Promotor reafirma busca por ressarcimento ao Brasil após denúncia envolvendo ex-dirigentes
Caldas concedeu entrevista nesta quinta na Rádio Pelotense 99,5 FM (Foto: Reprodução)

Um dos objetivos dos responsáveis pela Operação Marcola, que investiga desvios dos cofres do Brasil por parte de ex-dirigentes entre 2021 e 2023, é o ressarcimento dos valores ao clube. Quem garante é o promotor Rogério Caldas, coordenador do 10º Núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Gaeco/MPRS). Ele enfatiza a posição de vítima do clube no caso.

“Junto com a condenação, que a gente espera receber, vai constituir um título de crédito. Vamos buscar patrimônio, dinheiro nas contas, ou os bens que eles têm, para ressarcir o Grêmio Esportivo Brasil. Mas hoje a gente já teria quase R$ 160 mil, com juros e correção”, afirmou o promotor durante entrevista ao programa Jornal da Tarde, da Rádio Pelotense 99,5 FM, nesta quinta-feira (16).

A denúncia do MP, vale lembrar, foi acatada na quarta (15) pela Justiça, por meio do juiz Rodrigo Dutra Dornelles, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Pelotas. Conforme o documento, mais de R$ 770 mil teriam sido desviados do caixa do Xavante ao longo do período em questão. A diferença entre o valor total e os R$ 160 mil já bloqueados das contas dos investigados pode ser retirada do patrimônio dos investigados.

O promotor afirma confiar na condenação e na prisão dos investigados. Ao longo da entrevista, Caldas também comentou sobre o modus operandi das supostas ilegalidades.

“Um dirigente acabou contratando um CEO, que mais servia a si mesmo do que ao clube, que se aliou com outro que fazia a questão das bilheterias. E isso tudo numa fragilidade administrativa e contábil, sem nenhuma transparência, acabou redundando que os valores não iam para a conta do clube e sim para a conta das pessoas que ali estavam”, disse.

Detalhes do caso

Com a denúncia, o ex-presidente do Brasil, Evânio Bandeira Tavares; o ex-CEO Wederson Antinossi, conhecido como Mineiro; e o ex-coordenador da Central de Sócios, Tiago Rezende, tornaram-se réus e têm dez dias – contados desde quarta-feira – para apresentar defesa. Na sequência, a Justiça vai avançar na investigação e pode prender os réus.

Confira a entrevista na íntegra

Acompanhe
nossas
redes sociais